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Conteúdos em vídeo apresentam muito mais relevância na web

Por: João Paulo Arraes

CFO da Bis2Bis E-commerce, empresa especializada no desenvolvimento de lojas virtuais Magento. Além disso, é especialista em AdWords, Digital Marketing e UX.

Os vídeos são um tipo de mídia cada vez mais comum na web, especialmente depois de redes sociais como o YouTube. Para as empresas e marcas que estão presentes na rede, este tipo de recurso pode representar uma excelente oportunidade de aumentar sua visibilidade e raio de impacto, contudo, muitas ainda subestimam-no e deixam de utilizá-lo.

No Facebook, por exemplo, os vídeos são considerados conteúdo altamente relevante e costumam ter um desempenho melhor do que postagens que incluem apenas texto, texto + link, texto + imagem, etc. Foi possível observar essa mudança recentemente, quando a empresa passou por uma alteração em seu algorítimo: diversas páginas viram o alcance de suas postagens diminuir significativamente. Muitos acreditam que esta foi uma forma que o Facebook encontrou para fazer com que as pessoas se rendam às postagens patrocinadas. A empresa, por outro lado, negou a hipótese.

Além disso, já há algum tempo a rede social vem testando diversas maneiras de refinar a experiência de seu usuário. Com essa alteração de algorítimo, acredita-se que os “filtros” tenham ficado mais rigorosos para que o “Feed de Notícias” dos indivíduos ficasse mais seletivo e só entregasse o que fosse, de fato, relevante e impactante.

De toda a forma, a alteração tendo sido feita com estes objetivos ou não, há que se reconhecer a importância dos vídeos enquanto uma mídia multifacetada, ou seja, que transmite uma narrativa não apenas por um texto escrito, mas por um texto imagético aliado a recursos de som e movimento. Com isso, a experiência do usuário fica muito mais completa, proporcionando a ele sentimentos, sensações, impressões, etc.

E não é só para Facebook que os vídeos são considerados conteúdo relevante, mas também para os mecanismos de busca e ferramentas de SEO. Por isso, para as lojas virtuais, apostar neste recurso pode ser uma ótima alternativa. Vale apostar em vídeos institucionais, na parte do “Quem Somos”, informativos, para explicar a política de troca, ou vídeos expositivos, nas páginas dos próprios produtos. Em alguns casos, produzir vídeos para cada uma das mercadorias da loja não seja tão interessante, até por conta dos custos, mas aí, é legal escolher as principais, os carros-chefes e fazer vídeos legais, explicativos, que falem sobre suas qualidades, diferenciais, dando dicas de uso e manutenção, por exemplo.

Podemos relacionar toda esta relevância, também, aos dispositivos móveis, como os smartphones e tablets, que levaram o conteúdo para fora do alcance do wifi. Com o poder dos dados móveis, os indivíduos têm a possibilidade de consumir informações onde quer que estejam.

Uma pesquisa do Google, em parceria com o Instituto Ipsos, realizada com os Millenials (geração y; neste caso, pessoas que tinham entre 14 e 34 anos) confirma isso: 34% de seus minutos gastos com vídeos aconteceram enquanto os entrevistados estavam fora de casa.

Além disso, o comportamento dos mais de 1500 entrevistados demonstrou que 98% deles utilizam os celulares para assistirem vídeos ao longo do dia. Desses, 53% tiveram o vídeo como atividade única.

Outra pesquisa, dessa vez da Cisco, empresa estadunidense especializada em T.I., indicou que, em 2015, os vídeos representaram cerca de 80% do consumo mundial de internet. Um ano antes, em 2014, essa porcentagem era de 64%.

Todos estes números só apontam para uma direção: o crescimento cada vez mais intenso e a perpetuação dos vídeos enquanto produto e plataforma de consumo, que já é uma realidade. Aos empreendedores do comércio virtual, só resta se adequar ou esperar e assistir o bonde passar.