Logo E-Commerce Brasil

Compras coletivas: Cenas dos próximos capítulos

Ninguém pode negar que o modelo de Compra Coletiva foi um dos grandes responsáveis pela INCLUSÃO do e-commerce nacional. Milhares de novos compradores OnLine fizeram sua primeira compra através de um site de Compra Coletiva. Além disso, foi um verdadeiro boom com uma enormidade de sites sendo criados neste modelo.

Depois que os problemas começaram a aperecer, muitos especialistas profetizaram o fim do modelo, outros apostaram em nichos e em produtos específicos e os defensores brigam pra provar que o sistema é eterno, mas o resultado é que estamos vendo uma drástica  redução na quantidade de sites operando no mercado, os grandes sites comprando outras empresas e buscando agregar e ofertar outros serviços menos trabalhosos e apenas poucos continuam investindo no modelo de Compra Coletiva na forma tradicional e inicialmente apresentada.

Recentemente escrevi um artigo chamado E as compras coletivas, têm futuro? para o Portal e-commerce Brasil que pontuava os maiores problemas para as três pontas no processo: O e-consumidor, o Varejista e a Compra Coletiva. Na verdade o artigo foi uma constatação do que acontece na prática no mercado. Depois de receber diversos comentários, denúncias, críticas, elogios e contatos sobre o assunto, venho novamente falar sobre este polêmico tema, só que desta vez sendo mais enfático na necessidade de mudança imediata.

Bem, o que pude perceber desde então é um consenso geral (de todas as partes) que existe a necessidade de se buscar uma melhora e ampliação do serviço desses sites, que inclue regras mais claras e explícitas para todas as partes, bem como a adoção de critérios mais rigorosos na avaliação do lojista para entrada de novas ofertas, com o objetivo de alinhar os interesses de anunciantes com as expectativas dos e-consumidores.  Um falha em qualquer oferta não prejudica apenas o site específico do problema, mas contamina o modelo.

João, onde isso vai parar? Pois bem, hoje tenho uma visão clara que não é somente alinhar as pontas em relação ao modelo existente,  como mencionado acima, mas TRANSFORMAR o modelo atual de Compra Coletiva para o que chamo de Consumo Colaborativo, com o objetivo de vislumbrar uma luz no fim do túnel.

Pra começar

1) O lojista não pode se sentir lesado ou prejudicado por ter a obrigação de fornecer um desconto de 50% sobre o seu produto ou serviço e ainda ter que pagar uma comissão impeditiva ao site de 50% sobre o valor da oferta. Até porque são poucos os lojistas que entendem a aplicação do desconto na oferta, como verba de investimento em marketing;

2) O que o consumidor quer é uma oportunidade de comprar com confiança e mais barato e, se possível, ser impactado apenas por produtos de interesse que sejam adequados ao perfil dele. Além é claro, da garantia de estar ganhando um desconto efetivo, ter outros ganhos adicionais, ter a sensação de exclusividade, de ter sido “vencedor” (no sentido de ter conseguido comprar) e obviamente, de receber o produto ou o serviço comprado exatamente pelo preço e condições ofertadas;

3) O site precisa envolver e fidelizar os lojistas para garantir ofertas consistentes e reais, evitando a intermediação financeira direta para tentar evitar ser envolvido em litígios por uma possível não entrega adequada de um produto ou serviço.

Pois bem, baseado nisso, como poderia ser este modelo:

1) O site não cobraria comissão ou venderia cupons das ofertas para os Lojistas. O site cobraria um valor fixo por mês/ano ou valor fixo por oferta; (muito inferior a comissão cobrada hoje por uma oferta).  Esta redução de receita imediata impacta na redução de custos do site com vendedores, com trabalho manual, etc..  e o ganho passa na escala e na recorrência.

2) O Lojista decide quantas ofertas quer fazer por mês (baseado no seu palno com o site) e a liberdade de determinar qual é o desconto exclusivo possível de ser aplicado para cada oferta (mínimo de 30%, máximo de 60%), além das regras para esta compra e a participação no  programa de fidelização;

3) O consumidor não paga nada pelo desconto ou serviço do site, o cliente é impactado pela oferta também, mas GANHA o voucher ao se cadastrar ou se habilitar (se estiver dentro das regras) para aquela oferta, nas condições específicadas. Todo e qualquer pagamento é feito pelo consumidor diretamente ao lojista no estabelecimento virtual ou físico, baseado no voucher ou cupom de desconto que conquistou no site;

4) Tudo deve ser feito de forma automática e Wizard. O lojista teria acesso ao painel de cadastramento de ofertas que tem o calendário da cidade e faria conforme seu plano contratado, as suas ofertas específicas. O site teria a moderação para liberar após a verificação, o ambiente ou o link do HotSite da oferta. A partir dai o site passa a ajudar e apoiar na divulgação da oferta.

5) O site teria vários serviços adicionais para oferecer de forma opcional ao Lojista como base de dados, sms, desenvolvimento de artes, entre muitos outros serviços.

Em relação ao consumidor, o que interessa é a forma de impactar para ativar o interesse pelo consumo colaborativo. Além da formula tradicional dos sites de Compra Coletiva de divulgação genérica de ofertas via mailing, banners, searchs e Redes Sociais, passaria a ter também, outras formas mais personalizadas. O novo método utilizaria conceito de crowd, de compra em grupo e de gameficação, com pontuação, sorteios, premiação, etapas e bônus instantâneos, que serve de benefícios para angariar propagação, indicações, recomendações e engajamento social.

Bem, este artigo tem apenas a intenção de fornecer INSGHTS sobre o modelo que penso que pode substituir o atual. Claro que nesta linha destes poucos pontos acima, existem vários outras coisas que podem ser feitas ou estruturadas ou mixadas com o modelo atual, mas além de não ser o dono da verdade e nem profeta, não posso aqui neste artigo expemplificar tudo o que pode ser feito, pois o texto ficaria muito longo. Mas adianto com informações de bastidores, que já está sendo construído,  um sistema web inédito que deve ser lançado agora em julho de 2012, que funcionará já neste novo conceito. Vamos aguardar!

Mas atenção, não confunda este modelo com um simples sistema cuponização que já existem aos montes nos Estados Unidos. Parece, mas não é!

E você, o que acha? O modelo vai continuar da forma que está hoje ou já podemos comemorar uma remodelagem na forma de comprar coletivamente  e mais barato?

Pense Nisso! @JoaoKepler