Logo E-Commerce Brasil

Comprar, pagar e rezar

Por: Marcelo Goberto de Azevedo

Diretor de Tecnologia na empresa DragonSoft Tecnologia, focado em consultoria na implantação de e-commerce no conceito venda de serviço atrelada a produtos. Escritor e redator do Mundo E-commerce. Leciona curso de Gestão de TI com ênfase no Comércio Eletrônico.

Um dos grandes desafios para quem está começando um e-commerce é superar a barreira das desconfianças dos consumidores. O pior de tudo isso é que a “culpa” do mercado de consumidores terem esse padrão de comportamento, é deles mesmo.

Temos um número muito pequeno de estabelecimento que efetuam vendas pela internet, em comparação direta aos estabelecimentos do mundo físico. Seria fácil supor que por contar com um menor volume, a validação de informações de idoneidade seria mais rápida e assertiva, sim e não. Sim, pelo fato que é mais rápido, no entanto, não porque na realidade na sua grande maioria esses canais não são utilizados.

Durante as minhas aulas sobre e-commerce, sempre faço questão de perguntar aos participantes quantos deles costumam efetuar pesquisa das lojas virtuais desconhecidas antes de executar a sua primeira compra, não que isso seja um estudo, longe disso, todavia um percentual baixíssimo executa esse procedimento, ou seja, a maioria esmagadora acredita no conceito: Comprar, Pagar e Rezar!

Hoje temos sites especializados em anotar e publicar as reclamações de consumidores, para que seja mais fácil expor esses lojistas que não agem da forma que anunciam. A pesquisa é simples e rápida, além disso, podemos fazer pesquisas nas redes sociais sobre uma determinada empresa, para sabermos sua reputação, e aqui a regra é básica, se houver muita gente falando mal, com certeza outros consumidores serão os próximos da lista, e este pode ser você.

O poder de garantir que somente lojas idôneas e sérias permanecem online vendendo, cabe muito mais aos consumidores do que aos órgãos regulamentadores. Se nos consumidores nos encubarmos de ter a responsabilidade de ouvir outros consumidores e somente fazer negócios em lojista que tenham compromissos reais com seus clientes, automaticamente no amanhã, o comercio eletrônico brasileiro será um local seguro. Hoje com as redes sociais é muito mais simplificado expor opiniões e experiências, sendo uma forma discriminada de mostrar e assegurar os direitos dos consumidores.

É importante que não esqueçamos que levar vantagem no preço final, não é o fator principal e sim mais um dos que compõem uma decisão de compra. Então façamos nossa parte como consumidores 2.0 e utilizaremos o maior número de canais na internet para pesquisar a empresa onde estamos iniciando uma negociata. E mais importante ainda, compartilhar experiência negativas e principalmente as positivas, porque serão essas informações que darão subsídios aos novos consumidores.