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Como vencer a batalha do social commerce

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Romero Rodrigues – Presidente do Buscapé Company – faleconosco@buscapecompany.com

Pedir dicas para amigos ou familiares sobre produtos e serviços e fazer compras de vendedores que integram nosso círculo social não é exatamente uma novidade. Empresas como Avon, Natura, Tupperware e Herbalife, apenas para citar algumas, desenvolveram seu modelo de negócios baseado na estratégia do porta a porta e do boca a boca e arregimentaram milhões de vendedores que, munidos de catálogos e produtos, acionam sua rede de contatos para engordar o orçamento doméstico ou mesmo fazer dessa atividade seu principal meio de geração de renda.

Com a contínua queda das barreiras entre o real e o virtual e a transposição das relações sociais para o mundo dos negócios digitais, os e-lojistas precisam estar mais do que atentos para a inevitável tendência de recorrer ao poder das mídias sociais para reforçar as vendas ou mesmo estruturar novos empreendimentos com modelos totalmente alicerçados pelo social commerce.

Recentes pesquisas apontam que a adoção de estratégias baseadas no comércio social serão determinantes para o sucesso de negócios (sejam eles online ou não). Um levantamento da Nielsen, intitulado Global Trust in Advertising 2012, apontou que para 92% dos entrevistados a recomendação de amigos é a forma de propaganda mais confiável e, em segundo lugar, com 70%, os comentários de consumidores publicados na Web. Outro estudo, do banco Barclays, indicou que em 2021 nada menos do que 41% dos consumidores sofrerão influência das redes sociais para suas decisões de compras ou mesmo deverão comprar através delas.

Adepto ferrenho das redes sociais, o brasileiro é o que mais utiliza a Internet na América Latina para trocar impressões sobre marcas, segundo pesquisa da GFK, que concluiu que por aqui 30% dos internautas usam as redes para reclamar ou recomendar empresas e produtos.

Portanto, caro leitor, tenha a certeza de que critérios como preço, produto, PDV e promoção não serão (já não são) mais os únicos determinantes para tomada de decisão de compra. Outros fatores, provenientes justamente do fenômeno da socialização do comércio, terão cada vez mais peso em influenciar os consumidores a optar por esta ou aquela loja, por esta ou aquela marca.

Ao lado do social commerce, o m-commerce também passará a ter um papel fundamental na disputa pela clientela e permitirá formar uma geração de novos empreendedores no varejo virtual. A integração do comércio social com o comércio móvel desempenhará um importante papel de inclusão social, já que para gerir negócios virtuais bastará ter um celular em mãos conectado às redes sociais.

Novos empresários, inclusive da Classe C, que já têm acesso a celulares e smartphones (são mais de 250 milhões de telefones móveis no País, mais do que o número de habitantes), terão a oportunidade de ampliar sua renda representando e revendendo produtos para seus amigos e familiares. As empresas e as marcas, por sua vez, serão beneficiadas na medida em que poderão estruturar, a baixo custo, um time poderoso de vendedores para disseminar ofertas pela Web móvel.

Saber recrutar soldados pelas redes sociais para que sejam tanto representantes de vendas como consumidores fiéis passará a ser essencial para vencer no varejo online. Além de cuidar de toda estrutura operacional da loja virtual e das estratégias de marketing digital, os gestores de negócios no e-commerce precisarão implementar táticas de guerrilha para formar um exército motivado para vencer a batalha do viral commerce.

Para reforçar as trincheiras digitais, fique atento  para estas 7 dicas:

1)      Engaje! – De nada adianta criar contas nas redes sociais e não desenvolver interação com sua audiência. Posts com conteúdos e informações relacionados ao universo da sua marca são uma forma de engajar os consumidores.

2)      Não deixe seus consumidores sem resposta – Se decidiu incluir seu negócio nas redes sociais, responda às reclamações e sugestões de seus clientes. Não retornar seus comentários é o mesmo ou o pior do que deixá-los pendurados por horas tentando contato pelo call center.

3)      Crie ofertas exclusivas para seus seguidores – Consumidores que aceitam se relacionar com sua marca pelas redes sociais querem se sentir diferenciados, exclusivos. Criar ofertas e promoções especiais para eles é uma forma eficaz de fidelizá-los e de ampliar suas vendas.

4)      Mantenha uma frequência diária de interação – Um novo post por semana não cria uma interação contínua com os seguidores e deixa de ser relevante em um imenso universo de marcas que disputam a atenção dos consumidores. O ideal é subir posts diariamente, mas cuidado para não cansar sua audiência com conteúdos irrelevantes.

5)      Reconheça os seguidores que mais interagem e os coloque na vitrine – Pense em ações promocionais em que os seguidores possam interagir criando e postando seus próprios conteúdos, como textos, fotos e vídeos. Os usuários de redes sociais gostam de ter notoriedade entre seus seguidores.

6)      Premie os melhores vendedores do seu social commerce – Crie uma política de incentivo para premiar os vendedores do seu social commerce que alcançarem os melhores resultados de vendas. Isso irá estimular os demais a incrementarem suas vendas para que conquistem a mesma posição de destaque no exército de representantes da sua marca.

7)      Esteja aberto para sugestões – Ouvir seus seguidores tem um grande valor. Eles são admiradores da sua marca e sabem o que querem para que seus produtos possam ser melhores e atendam a seus desejos. Esteja sempre aberto e lembre-se: além de ser de graça, as sugestões podem ser úteis para criar novos produtos e serviços que irão ter uma comunidade garantida de consumidores-evangelizadores da sua marca.

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