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Como princípios de design vão te ajudar a consolidar a sua marca

Por: Eduarda Moreira da Silva

Apaixonada por tecnologia, educação e liderança, é Designer na GoBots. Já passou pela maioria das áreas da empresa, como desenvolvimento front-end e back-end, IA e, atualmente, atua na experiência do usuário e na criação de interfaces funcionais, conectando cada vez mais a GoBots à conceitos de design e assim, trazendo mais valor aos produtos desenvolvidos.

O design é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento de uma marca. Ele será o diferencial entre sua marca e a concorrência. Como resultado de um bom design, o seu negócio atrairá e conquistará mais clientes.

Quando você pensa em grandes empresas e marcas, pode até vir a imaginar seus logotipos de forma imediata. Porém, grande parte delas não é tão conhecida e prestigiada somente e unicamente pelo visual que tem. Afinal, design é muito mais do que tornar um produto vistoso, bonito aos olhos de quem vê. Design é conectar-se à necessidade e experiência do usuário (não só com o produto, mas com a empresa como um todo), trazendo funcionalidade e utilidade.

Portanto, um dos meios para alcançar qualidade na formação do design de sua marca e alavancar seu posicionamento no mercado, é criar princípios de design.

Mas o que são princípios de design?

Os princípios de design são como uma bússola que irá guiar seu comércio em todas as tomadas de decisão relacionadas a design. Eles colaboram para todos os associados estarem alinhados e seguindo no mesmo caminho em tudo que for desenvolver. Podem ser criados para guiar no desenvolvimento de um produto específico ou atuar numa camada mais universal, servindo como um orientador para decisões de design da empresa. Todavia, não deve ser confundido com os elementos do design — como cor, forma, textura e linha. Os princípios de design preocupam-se com a disposição desses elementos.

Por que usá-los?

Todos seguindo na mesma direção

Quando você tem um conjunto de valores definidos para seus projetos ou para um produto específico, todos os envolvidos no processo de criação e desenvolvimento estarão seguindo na mesma direção e rumo que os princípios descrevem. Essencialmente quando há novos colaboradores, eles não terão de pensar sobre qual é a abordagem que irão utilizar, tendo em vista que já está tudo definido e documentado.

Ao invés de depender de outrem para verificar se todos estão falando a mesma língua — e após isso ter de alertá-los sobre possíveis equívocos ou desuniformidades —, é mais coerente estabelecer em conjunto quais serão as declarações de valor que os projetos terão. E, assim, entrar em concordância mútua acerca de como alcançar os objetivos mantendo a essência da marca. Evitam também que precise debater sobre questões simples, permitindo que os designers foquem em problemas mais complexos, trazendo cada vez mais valor aos projetos.

Digamos que a marca Z está desenvolvendo um novo sistema. Inicialmente está seguindo a ideia de MVP (mínimo produto viável), tendo como princípio: simplicidade e rapidez, em que as funcionalidades devem ser simples, intuitivas e rápidas — a ponto do usuário conseguir encontrar o que precisa sem muito esforço e sem perder a lógica de pensamento, principalmente pela lentidão. Sendo assim, quando o colaborador tiver que decidir se irá ou não colocar várias imagens e GIFs pesados em uma página do sistema, ele saberá o que fazer com base nos valores já estabelecidos. Por isso, se você deseja otimizar o tempo de debate, criar consistência na forma de se comunicar e desenvolver produtos, você deve investir na criação de princípios de design.

Como criá-los?

Formar essas diretrizes não é tão fácil. Afinal, é indispensável fazer questionamentos com a ampla variedade de partes interessadas, desde times de produto, desenvolvimento e marketing à investidores. Entretanto, existem 3 métodos que te ajudarão nesse processo de formação:

1 – Explore os cenários em que você teve de tomar uma decisão e precisou de alguma orientação

  • Você pode realizar uma sessão de brainstorm ou criar uma pesquisa interna para coletar informações de seus colaboradores sobre os momentos em que necessitaram de um guia para decidir algo de design;
  • Identifique os cenários que mais convergiram;
  • Após a identificação, desenvolva de um a dois planos de ação para cada ponto;
  • Selecione junto aos times qual das soluções faz mais sentido para a empresa (focando também no usuário);
  • Esse plano de ação aborda a mensagem que querem transmitir para o usuário/ cliente? Por que essa solução é importante especificamente para o seu público?

2 – Não é necessário criar tudo do zero, busque inspirações

Quais marcas vocês se inspiram? Quais são os princípios de design delas? É algo que querem seguir como orientadores? Como irão adaptar para o perfil da marca? Recolha esses valores.

3 – Reflexão: o que é a minha empresa?

  • Como querem que os clientes se sintam?;
  • Quais objetivos querem alcançar com esse produto, projeto ou serviço?;
  • Por que as pessoas escolhem utilizar o seu produto ou serviço, e não o de um concorrente?

4 – Depois de produzir princípios de design, certifique-se de que eles não sejam esquecidos

  • Caso entre um novo colaborador, ele saberá como ou no que se guiará para chegar a uma resolução?;
  • Coloque os princípios nos ambientes de colaboração da empresa. Se necessário, divulgue em plataformas de publicação de conteúdo;
  • Qualquer técnica que ajudará a interiorizar os princípios definidos, será de grande valia.

5 – Reúna todas as respostas das perguntas realizadas e faça uma síntese sobre quais devem se tornar orientadores ou resuma vários dos valores obtidos em princípios

A quantidade não importa, desde que haja qualidade. Atente-se de revisar os conjuntos de valores periodicamente, principalmente quando observar que cada um está seguindo por caminhos diferentes. Não sinta medo de alterar os valores de sua marca. Eles não são imutáveis, precisam ser constantemente indagados.

É importante enfatizar que os princípios de design servem como uma bússola para guiar em momentos de decisão. Portanto, quando estiver desenvolvendo algo não diga apenas “estamos fazendo assim porque é melhor” ou “porque é assim que é”. Deixe claro que está fazendo o que faz com base em um ou mais princípios acordados. Esses valores não devem ser, em momento algum, algo que aprisiona. Pelo contrário, devem libertar de muitos debates e questionamentos indecifráveis, além de serem úteis às equipes. Desta forma, oriente a sua empresa a se tornar mais centrada no design, compartilhando os princípios de design com os quais você sempre pode contar.