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Como não cair em golpes na internet?

Cresce o número de usuários da internet e junto também os golpes digitais. Quais são as principais armadilhas criadas para fisgar vítimas nas mídias sociais e até através de aplicativos gratuitos disponíveis para Android e para Apple?

O poder da interface gráfica viabilizou o surgimento de lojas fantasmas, com ofertas mirabolantes e extremamente atrativas, afinal, quem não quer conseguir um objeto de desejo pagando menos?

O sonho de encontrar a “cara-metade” também garante toda sorte de manipulação, que vai desde a promessa do encontro até o namoro virtual e o casamento digital. Já há até quem se separe por Whatsapp, que mundo é esse que estamos vivendo?

Os novos riscos que espreitam nas ruas escuras de uma web mais populosa e também sombria, através da “deep web” ainda são pouco conhecidos. Por isso, a maioria das pessoas, em um click ou em outro, pode acabar virando um “laranja digital”.

Se você já sabe que não deve clicar em links por email, ótimo! Mas talvez você seja um consumidor voraz de novidades para serem baixadas para o celular e o tablet e acabe esquecendo de aplicar o velho ditado “se a esmola é alta, o santo desconfia”.

Infelizmente, levamos mais de 20 anos para aprender a navegar com mais segurança e evitar e-mails falsos e ludibriosos, mas com a massificação dos dispositivos de mobilidade, muitos cuidados que as pessoas já adquiriram ao usar o computador não migraram para o celular.

E quando o assunto envolve os “excessos da vida nas mídias sociais” a questão fica ainda mais grave, por que o brasileiro aceita “qualquer um” como amigo, seja no facebook, no twitter ou no linkedin.

O linkedin, por ser um ambiente mais restrito e corporativo, tem liderado os novos tipos de golpe em que o malandro se aproveita de uma rede de conexões de pessoas do bem para endossar seu conteúdo e lhe garantir credibilidade suficiente para espalhar de boatos a vírus.

Não importa, “do veja meu curriculum” a “veja minha foto”, a curiosidade humana, a vontade de ser “o esperto”, de “levar mais por menos”, de ficar sabendo o que ninguém sabe, ver a foto proibida e a sensação prepotente de que nunca nada vai lhe acontecer são os elementos que mais provocam perdas reais para as vítimas digitais.

Uma coisa é certa, não existe lugar seguro na web! Não estamos protegidos! Falta vigilância das ruas públicas digitais. Do pedófilo ao estelionatário, todos exploram este grande “big data humano” para atacar usuários inocentes e desavisados.

Por melhor que seja a ferramenta ou software de proteção, cabe a cada um, do outro lado da tela, aumentar o “desconfiômetro”, não abrir um conteúdo sem passar o antivírus, não mandar informações pessoais, financeiras, bancárias sem ter certeza de quem está do outro lado.

Precisamos sim aprender a selecionar melhor onde ir e com quem interagir neste universo sem fronteiras de pessoas mascaradas que mentem sobre suas identidades. A carência e a solidão na web ajudam a “baixar a guarda”, afinal quem não quer ter amigos?

O princípio de “confie até que se prove o contrário” não dá certo no mundo digital. Hoje vale a máxima “de somos todos suspeitos até que provemos qual é a nossa verdadeira intenção”, até que as interações revelem e separem os de boa-fé dos de má-fé.

Em uma sociedade mais livre, como a atual, em que o anonimato reina e a impunidade é quase uma certeza, onde falar a verdade parece uma tolice, já que “todo mundo tem um fake”, os que agem certo, com ética, vão se tornando minoria.

Pessimismo? Não, realidade! As estatísticas não mentem, 1 em cada 3 internautas já caíram em algum tipo de golpe na web, ou pelo menos já tiveram uma grave perda por infecção de vírus. 1 em cada 10 já teve comprometida alguma informação pessoal exposta ou vazada e já foi vítima de algum tipo de golpe de loja virtual tranbiqueira.

O ideal seria recomeçar do zero, criar uma web do bem, da transparência, onde todos têm que dizer somente a verdade, se identificar com uma autenticação válida e forte (como biometria), onde poderíamos deixar nossos filhos soltos, navegando em um “grande condomínio fechado digital”.

A pobreza, a diferença de classes sociais, a falta de educação, afinal, todas as mazelas da vida, independentemente de sua manifestação ser presencial ou não, já nos afetam em nosso “ser-estar digital” e podemos sim sair feridos gravemente.

O problema é que a dor de um ataque digital pode se perpetuar eternamente, como recuperar uma reputação perdida? Como realmente garantir que o passado fique no passado, e que o trauma não fique se repetindo a cada click?

Somos preparados pelos pais para andar na rua sozinhos. “Não fale com estranhos”, “não pegue carona com qualquer um”, “não diga seu nome antes da outra pessoa se identificar”, “não deixe a porta aberta”.

Mas quem está preparando a geração digital a navegar na internet sozinha? Pense nisso, hoje um bandido pode estar dentro da sua casa via webcam. É muito importante ser treinado para poder defender sua família.

É papel de cada cidadão-digital cobrar que nossos representantes políticos apresentem um plano para garantir uma sociedade mais segura, ou seja, uma internet mais segura! Cabe a quem vigiar a web? O que fazer com o criminoso digital? Como proteger uma criança que inicia seu processo de socialização não mais na escola, mas sim no facebook?

Precisamos de respostas! Temos que escolher bem em quem votar, alguém mais atualizado, mais inteirado com esta nova realidade tecnológica, que nos próximos anos possa trazer solução para melhorar nossa vida digital!