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Como formar uma equipe para trabalhar com e-commerce?

Por: Rodrigo Martucci

Rodrigo Martucci é formado pela Universidade de Massachusetts e possui mais de 10 anos de experiência com e-commerce e marketing digital nos EUA e no Brasil. É o CEO e fundador da Nação Digital, agência especialista em e-commerce e eleita a melhor agência digital do Brasil pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

Uma vaga bem descrita é o primeiro passo para encontrar o candidato que você gostaria de ter na empresa. Se já tentou, sabe que fazer um título claro e um texto que dialoga com o interessado e transmite os valores do seu negócio não é nem de longe um trabalho simples.

Uma operação de comércio eletrônico está sempre envolvida em grandes ambições e, para que esses planos saiam do papel, é preciso ter uma equipe dedicada para trabalhar com e-commerce e com expertise no assunto.

Quem vai gerenciar o conteúdo e o plano de marketing digital? Quem vai coletar e analisar os dados disponíveis? Qual pessoa ficará responsável pelos resultados de venda da loja? Estoque e financeiro serão responsabilidade de quem?

O número de cargos e pessoas na equipe depende da maturidade da empresa. É claro que um e-commerce pequeno terá um time básico, com o gerente abraçando funções de vendas, coordenação de campanhas, atendimento e negociação com fornecedores. É um cenário bem diferente de médios e grandes negócios, que contam com especialistas por área e um grupo mais robusto.

Mas como fazer job descriptions das funções vitais para o varejo eletrônico? Uma dica é usar a linguagem que traduza a cultura da empresa. Não há nada de errado em usar nomes de cargos com terminações “ninja” ou “expert”, só cuide para não soar confuso, tirar a credibilidade do anúncio e dificultar que ele seja encontrado.

A descrição da vaga deve ser clara e completa, deixando evidente quais as responsabilidades do cargo e o perfil de profissional que a empresa procura. Dessa forma, você garante maior número de candidatos compatíveis com as expectativas.

Não confunda diferencial com requisito. Os diferenciais não servem para montar o candidato perfeito, mas para descrever habilidades que poderiam ser úteis na função. O domínio do inglês é o exemplo mais emblemático. Por que sua empresa precisa de um funcionário fluente no idioma se não se comunica com ele?

Para os requisitos, vale anunciar somente o que pode ser mensurado e o que realmente é necessário para o desempenho da atividade. Entram como requisitos experiência, formação e certificações.

Dentro dessa lógica, o cargo de gerente de e-commerce, por exemplo, uma peça fundamental na operação da loja virtual, pode ter como requisitos curso superior, conhecimento em UX, Google Analytics, SEO e CRM e experiência comprovada na função. Como diferenciais, entrariam MBA em Administração e capacidade analítica e de autogestão.

O timing de abertura da vaga também conta muito na procura pelo profissional que você gostaria de ter na empresa. Se o seu planejamento para 2021 inclui estimativa de crescimento, realize a projeção de contratações com base nela. Sendo assim, divulgue a vaga um ou dois meses antes da real necessidade – esse tempo costuma ser necessário para encontrar o candidato pretendido.

Por fim, vem a divulgação da vaga, que pode ser feita em sites específicos ou em redes sociais (LinkedIn, Facebook e Instagram). É melhor descobrir onde estão os candidatos para que o processo seletivo aconteça conforme o planejado.