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Como entrar em um marketplace?

Por: Lucas Vidal

Gerente de Novos Negócios da SkyHub, empresa especialista em integração com os principais marketplaces do Brasil. Formado em Engenharia de Produção pela UFRGS com Mestrado pela Ecole Centrale Marseille, na França. Na SkyHub é responsável pela área comercial, bem como a manutenção das parceiras com os diferentes marketplaces que a SkyHub integra

Muitos lojistas têm visto no marketplace uma excelente oportunidade para potencializar suas vendas. Isso é justificável, já que os sellers – termo utilizado para descrever os vendedores que estão no marketplace – expõem seus produtos em alguns dos sites com maior número de acessos do país. Americanas.com e Submarino são exemplos de lojas virtuais que operam nesse modelo.

Em termos globais, os números deixam claro como o conceito de marketplace tem se consolidado nos últimos anos. O Alibaba, por exemplo, tem mais de 7 milhões de lojistas vendendo em seu site, com um total de 800 milhões de produtos cadastrados. Já a Amazon, que possui mais de 300 milhões de produtos cadastrados, tem no marketplace algo próximo a 80% de seu portfólio. Embora seja positivo para as marcas, existe uma dúvida sobre quais devem ser os passos e procedimentos para entrar nesse mercado – o que é muito simples.

1) Definição do marketplace
É fundamental saber onde vender seu produto, para isso, se faz necessário conhecer o cliente e entender onde ele pode ser impactado. Isso é fundamental, afinal, existem diferentes players operando seus marketplaces. Temos, por exemplo, as lojas da B2W (como o Submarino e Americanas.com), a Cnova, o Walmart, o Mercado Livre e outras.

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É legal ressaltar que cada marketplace tem um nicho e público alvo. Por exemplo, o Submarino vende mais eletrônicos, já a Casas Bahia comercializa mais móveis. É importante estar em todos, mas cada marca tem aderência diferente com o público.

Em muitos casos, a estratégia mais acertada será investir em mais de um marketplace, e conseguir alcançar seu cliente, independentemente de onde ele estiver. Nesse processo de definição é necessário adotar alguns cuidados básicos como, por exemplo, entender como as marcas são reconhecidas pelos consumidores.

Uma boa forma de medir isso é por meio do reconhecimento de referências no mercado, como E-bit e Reclame Aqui – empresas premiadas tendem a ser mais atrativas ao cliente. Também é preciso identificar se a loja investe em segurança e possui certificado SSL e selos de segurança, como o da Site Blindado.

Outra informação importante que deve ser levantada nesse estágio é a comissão cobrada pelo marketplace. Verifique se ela é viável dentro da precificação que sua loja tem adotado – vale destacar que nesse modelo você não tem custo de setup, marketing ou tecnologia, tudo isso é de responsabilidade do próprio e-commerce que abre espaço para os sellers.

Ao final desse processo, o lojista deve ter uma ideia de em quais marketpalces deve vender seus produtos.

2) Documentação e regras
Não existem regras únicas, adotadas por todos os marketplace, e cada um deles adota o seu próprio modelo, mas no todo eles tem regras próximas. Pede-se, por exemplo que o e-commerce tenha um tempo mínimo de operação, avaliação em empresas como E-bit, além do registro formal, o que envolve inscrições estaduais e CNPJ. O processo é bem simples, e depois de encaminhar as informações para aprovação do cadastro – e o processo de aprovação não costuma demorar – você poderá vender nos marketplaces escolhidos.

Dica 1: a principal forma de entender como é o processo em cada marketplace é justamente entrar em contato com eles, por e-mail, telefone ou em eventos. O Fórum E-commerce Brasil, por exemplo, reúne alguns dos principais fornecedores do setor e é uma ótima oportunidade para aprender mais sobre o assunto marketplace.

Dica 2: Uma outra maneira de facilitar a entrada nos marketplaces é entrar em contato com o seu integrador e solicitar que ele te assessore em todo a trâmite burocrático. A proximidade que eles mantém com estes canais de vendas pode ser bem benéfica.

3) Integração
Após a aprovação da presença de sua loja virtual, será interessante, para ganhar agilidade, fazer a integração dos produtos de seu ERP ou plataforma. Para isso, os marketplaces oferecem integrações para que seu time técnico consiga inserir todos os produtos na plataforma. Geralmente precisará subir o XML do site em cada um dos players que for vender seus produtos, além de fazer a gestão separada em cada um deles.

Uma forma de facilitar esse trabalho é contratando os serviços de integradores de marketplace, como a SkyHub, por exemplo. Com os integradores, será possível, dentre outras coisas, trabalhar com o mesmo estoque e atualizações para todos os marketplaces, sem precisar subir ou alterar itens de seu portfólio de forma manual no dashboard do seller – para cada marketplace. Eles tem como foco facilitar a gestão da loja em diferentes marketplaces, o que permite que ações feitas para determinado player sejam replicadas para o(s) outro(s). Trata-se de um investimento baixo com potencial de alto retorno.

Com esses passos, garantir a presença de sua loja virtual nas principais marcas do Brasil será algo fácil e a possibilidade de aumentar as vendas, muito grande.