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Como bater meta no e-commerce em tempos de crise?

Por: Rodrigo Martucci

Rodrigo Martucci é formado pela Universidade de Massachusetts e possui mais de 10 anos de experiência com e-commerce e marketing digital nos EUA e no Brasil. É o CEO e fundador da Nação Digital, agência especialista em e-commerce e eleita a melhor agência digital do Brasil pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

Um dos efeitos positivos da crise de Covid-19 é a união do mercado, que passou a compartilhar ideias e ações para que todos os e-commerces sejam impactados o mínimo possível neste momento tão difícil para o país.

Dentro dessa iniciativa, compartilho neste artigo experiências de casos de sucesso e mais alguns insights para que você possa aplicar no seu e-commerce.

Ter uma base de leads engajada

Quem tem uma base de leads robusta e engajada tem conseguido se manter firme e crescer na crise.

Quando a transmissão do vírus se instalou no Brasil e os consumidores frearam os gastos, a maioria dos e-commerces teve que lidar com um dilema: diminuir, manter ou acelerar o investimento em mídia? Em um momento em que o fluxo de caixa vai determinar quem fica e quem vai à falência, essa escolha foi determinante.

A estratégia de muitos negócios, do vestuário ao eletrônico, foi muito semelhante: uma promoção rápida e vantajosa para a base de leads, no intuito de estimular a compra, girar o estoque e formar capital de giro. Acertaram em cheio!

Unir online e offline

Empresas com atuação online e offline estão utilizando a força ociosa de funcionários para vender. Eles passaram a entrar em contato com clientes para direcioná-los ao e-commerce.

Assim, conforme as vendas eram concretizadas no site, os vendedores recebiam comissões, mantendo o negócio em dia e os funcionários engajados e seguros sobre seus empregos.

Mesmo sem e-commerce, sua empresa pode colocar uma estratégia semelhante em prática por uma ferramenta simples, acessível e ótima para vendas: o WhatsApp. Basta contatar seus clientes, informá-los sobre novidades e trabalhar a conversão.

Algumas plataformas de e-commerces estão com ações especiais para a criação de lojas virtuais de forma rápida e gratuita para suprir a queda nas vendas do comércio offline.

Continuar vendendo

Algumas empresas estavam trabalhando em 100% da capacidade no começo de março. Com o avanço da doença, parte delas cogitou diminuir o ritmo de faturamento, focando bem mais em ROI, mas acabou mantendo o curso e foi isso que segurou o mês no azul.

Neste momento, há muitos consumidores fazendo a sua primeira compra online, e por que não no seu site? Pense na importância de cada nova venda. Estamos falando em capilaridade que, depois, vai se transformar em LTV (valor de vida do cliente).

Revisar estratégias

E-commerces que estão agindo rápido conseguem resultados melhores em faturamento. São empresas que se anteciparam aos decretos municipais e estaduais e definiram mudanças na operação: home office para quem podia, jornadas flexíveis, alterações em turnos, distanciamento entre funcionários, implantação de rotina de higienização no centro de distribuição, e uma comunicação transparente e empática com os clientes.

Quem saiu na frente foi visto como modelo e se antecipou ao mercado.

Remodelar o atendimento ao cliente

Empresas que têm uma base de leads engajada e que responde bem aos chamados promocionais têm em comum uma postura de empatia com os clientes. Seja pelo atendimento, pelos conteúdos que ajudam os consumidores ou pela arquitetura do site.

Neste momento difícil, quais marcas estão vendendo mais? As que se posicionaram de forma a ajudar seus clientes. Isso vem acontecendo tanto pela criação de conteúdo quanto pela solução amigável de diversas situações, como prazo de entrega e cancelamentos.

São empresas que se importam com o cliente, conseguiram ser relevantes e fortalecer o branding. Com certeza elas estarão em uma posição privilegiada quando a pandemia passar.