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Cinco tendências de e-commerce da NRF Tech 2014

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Uma das organizações mais importantes do varejo internacional, a NRF (National Retail Federation) representa lojistas dos Estados Unidos e outros varejista em mais de 45 países. Um dos projetos liderados pela NRF é o Fórum NRF Tech.

O evento tem foco em gestão e profissionais de tecnologia da informação (TI), desenvolvimento de programas educacionais e fomento de discussão em assuntos de relevância na área. Entre os palestrantes deste ano no NRF Tech, está Gene Alvarez, vice-presidente de pesquisa de mercado da Gartner. Sua palestra “Preparando-se para 2020 – Como a indústria de tecnologia vai servir o varejo e as vendas”, Gene faz uma comparação muito bacana entre tecnologia e varejo. Veja abaixo um resumo da palestra e as principais tendências de mercado exploradas por Gene:

Explosão de tendências

As organizações devem estar prontas para qualquer coisa, mas do ponto de vista de Alvarez, os varejistas precisam fazer mais que isso – e precisam fazer isso rápido. Essa urgência, ele explica, é motivada pela rapidez do desenvolvimento tecnológico.

Dez anos atrás, não havia Facebook, Twitter, iPhone, Instagram ou Google Wallet e não havia a “Internet das Coisas”. A alta velocidade com que essas tecnologias nos bombardeiam, diz Alvarez, cria a necessidade dos varejistas (e outros) de fazerem novas abordagens e planejamentos.

Historicamente, a indústria tende a caminhar de forma linear. Inovações acontecem – a internet, as mídias sociais, a explosão do uso do mobile e dispositivos móveis – e muitos outros, varejistas procuram formas de incorporar isso em seus negócios.

Eles adotam um site, depois uma fan page no Facebook, desenvolvem uma estratégia mobile. Eles tuitam. O problema é que com essas novas abordagens, diz Alvarez, a tendência é que não ocorra um caminho linear. Elas ocorrem ao mesmo tempo e afetam umas às outras. “Tendências”, diz ele, “emanam ideias. Essas ideias colidem com outras tendências e criam oportuniades”. Quando elas são alinhadas de forma adequada – como por exemplo no caso do mobile e das redes sociais e do big data – novas oportunidades são criadas.

O que preciso ficar de olho?

Com esse cenário, Alvarez descreve algumas tendências atuais, que a Gartner acredita que vão impactar imediatamente o varejo:

1. O varejo está em toda parte. Não é apenas a loja, o site ou o mobile. A tecnologia está tornando possível a interação entre varejistas e seus consumidores, praticamente em qualquer lugar. A empresa de comida mexicana Superama Virtual, por exemplo, colocou lojas do tipo “pop-up” nas estações de metrô, onde os clientes podem fazer seus pedidos. Na hora do almoço o restaurante-itinerante muda para o shopping central e quando a hora do rush termina, ele volta para a estação. Já a loja Kate Spade de Manhattan, usa QR codes e o eBay para oferecer uma hora de serviços fulfillment em pedidos: Compre agora e nós entregamos para você mais tarde na academia.

2. A compra é pessoal e contextual. O La Caixa, por exemplo é um serviço de cartão de crédito da Espanha que permite consumidores personalizarem seus cartões com fotos e receberem informações sobre suas contas no Facebook. A loja de brinquedos japonesa, FabCafe oferece escaneamento de corpo do cliente e usa isso para criar novas ações. “Como a experiência do cliente demanda interações personalizadas, isso torna o escaneamento mais difícil na próxima interação. Organizações que conseguem resolver bem isso vão atrair clientes e conquistar fidelização”, diz.

3. A compra é visual. Agora é possível ver o produto sem estar lá. Jaguar e Land Rover estão usando vídeos para grandes telas e som de alto padrão para colocar o carro onde é fisicamente impossível: aeroportos ou auto shows, por exemplo. Consumidores podem ver o carro em tamanho real, ouvir a porta fechar e o motor ligar, vê-lo de todos os ângulos possíveis e pedir um teste-drive.

4. O e-commerce pode se tornar venda recorrente. Amazon, Target e muitos outros varejistas agora permitem consumidores comprarem seus produtos em bases de assinatura. “Isso permite ao consumidor conseguir o quer com o mínimo de esforço”.

5. Inovação intencional. Amazon, Staples, Apple, Wal-mart, Click-fil-A e The Home Depot são alguns varejistas que têm seus próprios laboratórios de desenvolvimento. “No futuro, os varejistas que são líderes de mercado serão aqueles que adotarem a inovação intencional como parte de seus DNAs”.

Com informações de: https://nrf.com/news/when-trends-collide