A internet no Brasil, segundo pesquisa Ibope Nielsen, já representa um mercado de 62,3 milhões de pessoas. De acordo com o mesmo estudo, 97% das empresas já estão na rede, enquanto vendas online movimentaram R$ 4,8 bilhões no primeiro semestre do ano, 27% a mais do que o mesmo período do ano passado. Mas apesar da exuberância dos números, um grupo enorme de empresários ainda não consegue explorar todo esse potencial.
Eles até investem em sites e acompanham as novidades e tendências, mas seus esforços parecem não surtir efeito. Isso ocorre porque insistem em aplicar o que batizei de “as quatro regras de ouro para não gerar negócios na internet”. O pior é que a maioria o faz inconscientemente, ou seja, acha que está plenamente inserida na web.
Para se certificar de que você não faz parte deste grupo, seguem as quatro regras e algumas formas de evitá-las.
1) Jogue tudo na mão do “sobrinho”
Como não sai da frente do computador, ninguém melhor do que ele para fazer o site da empresa, não é mesmo? Acontece que a construção de um site há muito tempo deixou de levar em conta apenas a capacidade de chamar a atenção com animações, músicas e outras pirotecnias. Para ser capaz de gerar oportunidades, hoje é preciso levar em conta a “usabilidade”, ou seja, a facilidade e a praticidade em acessar o conteúdo que se deseja sem ter de ir de lá para cá ou ter a atenção desviada. Quanto melhor for a usabilidade, maior será a chance das pessoas que visitam o site de se concentrar no que realmente interessa.
Se você vai deixar o site da empresa na mão do seu sobrinho, assegure-se que ele conheça este conceito.
2) Transforme o site na versão eletrônica do seu folder comercial
Um site hoje pode ser equipado com uma série de recursos, de acordo com a finalidade desejada. Se a intenção é apresentar a empresa, produtos e serviços, é possível fazer uso não só de textos e imagens mas também de áudio (podcasts), vídeos e apresentações em slides. Se a idéia é facilitar a comunicação com consumidores e clientes, pode fazer uso de e-mails, formulários e chats. Limitar o site da empresa a uma versão eletrônica do seu folder comercial é como dispor de um moderno smartphone, equipado com os mais diversos recursos, e só utilizá-lo para fazer algumas chamadas.
3) Quando o site estiver no ar, esqueça-se dele
As empresas despendem grande esforço para desenvolver o seu site e, quando finalmente ele fica pronto, simplesmente parecem esquecê-lo. Na velocidade em que acontecem as coisas na internet, as informações se desatualizam, surgem novos recursos e tecnologias e num espaço de tempo mais curto do que se imagina o site antes novo e moderno parece ter sido feito há décadas. Para os clientes e prospects que o visitam, é como se a própria empresa tivesse parado no tempo.
Por esse motivo, manter o conteúdo sempre atualizado e estar atento às tendências de layout e usabilidade é essencial não só para a manutenção do site, mas para a própria imagem da empresa no mercado.
4) O site é a própria propaganda, não gaste mais dinheiro com isso
É comum se pensar que o site é a propaganda da empresa, por isso não há necessidade de se divulgá-lo. Na verdade, ter um site é garantir o seu espaço em um imenso mercado chamado internet que, como em outros mercados, possui milhares de empresas também competindo pela atenção dos potenciais clientes. De pouco adianta ter produtos diferenciados, apresentados em um site moderno e atualizado, se poucos sabem que ele existe.
Uma boa propaganda pode ser feita por meio da própria internet, nos chamados mecanismos de busca como Google, Yahoo! e Bing, que 90% dos brasileiros utilizam para encontrar o que querem na internet. Quanto maior for o destaque com que sua empresa aparece nestes sites, maiores serão as chances de ser visto pelo público que lhe interessa.
Estas “regras” são as mais comuns, mas não esgotam o assunto. Se você conhece outros problemas que podem se transformar em novas regras de ouro, me escreva.