Segundo pesquisa da Neotrust, o e-commerce brasileiro cresceu 12,6% no primeiro trimestre de 2022, faturando R$39,6 bilhões nesse período. As compras online totalizaram 9,7 milhões, o que representa 14% a mais em relação ao mesmo período de 2021.
O estudo mostra, ainda, que o cartão de crédito foi, de longe, o meio de pagamento mais utilizado nas compras digitais nos primeiros três meses do ano, representando 82,6% do faturamento total do e-commerce. O número de clientes únicos foi de 24 milhões, um milhão a mais do que no mesmo período do ano passado.
Com mais de 80% dos consumidores comprando online com cartão, é importante conhecer e optar por soluções eficientes de pagamento.
Que o cartão é a forma de pagamento preferida do consumidor de e-commerce já ficou bem claro. A questão é: você realmente conhece as soluções de pagamento que possui em sua loja virtual? Sabe diferenciar o que é e quais as funções da subadquirente e da adquirente para fazer uma escolha assertiva?
Então acompanhe este artigo. Vou te ajudar a tirar algumas dúvidas e a conhecer esses importantes recursos para receber pagamentos no seu negócio.
Subadquirente e adquirente: o que são?
Se você trabalha com vendas online, certamente já tem alguma familiaridade com esses termos, mas talvez não saiba muito bem quais são as diferenças entre eles. De início, subadquirentes e adquirentes são as empresas responsáveis pela intermediação dos pagamentos eletrônicos.
Em linhas gerais, são elas que fazem a comunicação entre a bandeira do cartão e o banco para autorizar uma transação e concluir um pagamento.
Ok, mas quais são as diferenças entre elas?
Diferenças entre subadquirentes e adquirentes
Quando falamos em subadquirentes, conhecidas também como “intermediadores”, estamos nos referindo a empresas responsáveis por facilitar o processo de compra online. São capazes de operacionalizar os pagamentos sem a necessidade de se filiar a uma instituição bancária ou mesmo a uma adquirente. Portanto, é uma opção que reduz as questões burocráticas do processo.
As subadquirentes são empresas habilitadas por credenciadoras com a finalidade de viabilizar transações por meio de cartões em nome de estabelecimentos comerciais. Por meio delas, o lojista consegue oferecer as opções de pagamento via cartão de crédito, débito, pré-pago e outras modalidades ao consumidor final.
As adquirentes ou “credenciadoras”, por sua vez, também atuam nesse processo de intermediação e processamento das transações realizadas via cartão e outros métodos de pagamento eletrônico, sendo responsáveis por intermediar a comunicação entre a loja e a bandeira administradora do cartão.
As principais diferenças estão relacionadas mais às funcionalidades do que ao processo em si. Por exemplo, durante o processo de pagamento, a subadquirente faz a conexão com a adquirente e disponibiliza ao lojista uma solução mais completa. Isso porque, além de ter as funcionalidades de uma adquirente, a subadquirente pode incluir funcionalidades como: análise antifraude, conciliação bancária, antecipação de recebíveis, entre outras, tudo em uma só solução. Fora isso, seu processo de implementação é mais simples e, dependendo da empresa escolhida, pode reduzir tempo e custos, dispensando processos burocráticos.
Para uma loja virtual conseguir se credenciar junto a uma adquirente, por outro lado, é preciso que cumpra diversas regras de segurança. Isso porque as adquirentes não oferecem recursos integrados, como o antifraude. Portanto, a despesa para garantir a segurança das transações fica a cargo do lojista, que precisa contratar esses recursos à parte.
Como escolher a melhor opção para o seu negócio
Agora que você já entendeu um pouco melhor sobre qual é o papel e o que diferencia as subadquirentes das adquirentes, vamos listar algumas características para ter no radar na hora de fazer a sua escolha.
1. Avalie custo x benefício
Lembre-se de que, de início, as taxas das adquirentes podem ser menores em comparação com as subadquirentes, mas o processo de credenciamento para poder utilizá-las é oneroso, já que contratar sistemas de segurança por fora envolve um investimento bem alto. Então, pesquise.
2. Soluções de acordo com o seu negócio
Na hora de contratar uma solução, avalie aquela que tem mais recursos importantes para o seu negócio. Por exemplo, conciliação bancária, sistema antifraude integrado, antecipação de recebíveis e cobertura de chargeback são alguns dos recursos possíveis dentro de uma subadquirente. Cabe entender quais são os mais vantajosos para as necessidades da sua empresa.
3. Facilidade de integração
De nada adianta você optar por uma solução de pagamentos que tenha um processo de implementação muito difícil, demorado e oneroso. O ideal é buscar uma opção de fácil integração com a sua plataforma de vendas.
4. Processo de checkout e taxas de aprovação
Dois pontos importantes na hora de escolher sua solução, entender o processo de checkout oferecido. Considerando a experiência do cliente e sua jornada de compra, manter o consumidor em um mesmo ambiente para realizar o pagamento é o ideal. Portanto, um recurso de checkout transparente pode ser importante. Além disso, verifique as taxas de aprovação da solução que você está contratando. Algumas vezes, as tarifas são mais atrativas, mas a taxa de aprovação é muito baixa, o que pode prejudicar o seu negócio.
Em conclusão, é importante ter em mente as características do seu negócio e conhecer todos os recursos oferecidos pelas soluções disponíveis no mercado, bem como ponderar a relação entre o investimento necessário e as vantagens oferecidas. Assim, você tem mais chances de fugir do famoso “o barato que sai caro” e fazer uma escolha mais assertiva.
Espero que este conteúdo tenha te ajudado a conhecer um pouco mais sobre o mercado de pagamentos. Boas vendas!
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