O Instituto Ibope Mídia realizou
uma pesquisa muito importante para o mercado publicitário. Alinhando
essa pesquisa com mais de 3,4 mil pessoas – acima de 18 anos – em
todo o país e informações do Target Group Index, o Instituto
traçou o novo perfil do consumidor brasileiro.
E, para a felicidade
das empresas, esse novo consumidor está comprando mais! 67% da
população foi às compras em setembro de 2009 – é bom lembrar que
esse período foi pós dia dos pais e muito antes do dia das
crianças, ou seja, não havia nenhuma data sazonal que estimulasse o
consumo. Entretanto, a oferta de produtos está cada vez mais alta, o
que eleva a taxa de compra por impulso, sendo ela física ou digital.
O cartão de crédito e o “efeito Casas Bahia”, onde você compra
tudo em “zilhões” de meses para pagar, ajudaram a impulsionar o
consumo.
Um fator levantado nessa pesquisa
interfere diretamente no comportamento on-line: um dos principais
traços observados na análise do consumidor é que ele busca mais
informações e experiências sobre uma determinada marca ou produto
para, só a partir daí, fazer sua escolha. A imagem da marca e o
valor agregado também são importantes influenciadores. Começa aqui
a importância do branding digital, algo que as empresas e
os anunciantes não se deram conta. Eles querem anunciar e vender, sem
se preocupar em construir uma imagem na web. Quem sabe agora com essa
pesquisa a percepção do anunciante não mude, afinal, essa
conclusão vem da opinião de 3,4 mil pessoas!
No que diz respeito aos aspectos
psíquicos de influência na hora da compra, os consumidores do
século XXI demonstram personalidade forte e primam pela
diferenciação. 33% afirmam a importância de estar em dia com a
moda e estilo. O brasileiro se mostrou um consumidor fiel às suas
marcas de confiança, o que foi confirmado por 72% dos entrevistados.
Não apenas o branding, mas a
elaboração de conteúdos voltados aos públicos. A web é uma forte arma para relacionamento. Esse
dado de fidelidade do consumidor com as marcas pode e deve ser muito
explorado pelos anunciantes.
As pessoas entre 25 e 34 anos se
destacam no hábito de fazer compras, e as mulheres vão mais às
compras dos que os homens: com 71% contra 63%. Esse número vem
paralelamente ao aumento de mulheres comprando via web. Sim, as
mulheres compram mais do que os homens e são mais críticas também;
voltando ao assunto levantado aqui: está na hora de o digital crescer!
A pesquisa mostra que 77% das
pessoas das classes A/B realizaram compras recentemente, seguidas das
classes C e D/E (65% e 55% respectivamente). “A
experiência individual do consumo e qualidade são fundamentais. Ele
conhece e exige seus direitos. O que realmente diferencia este
consumidor é a sua atitude”,
afirma Juliana Sawaia, gerente de marketing do Ibope Mídia e uma das
responsáveis pelo estudo.
Volto a bater na tecla da
importância da web no processo de compra. Como a pesquisa mostrou e
reproduzi até esse momento, o consumidor está comprando mais e buscando mais informações para decidir a compra; a imagem e a atitude
de marca são importantes para a compra. Experiência individual é
fundamental. Cabe a pergunta: onde, além da Internet, o consumidor
tem acesso a todas essas bases para decidir a compra? Onde ele pode
estar na loja, acessar o site da marca, um blog sobre o assunto,
entrar em um comparativo de preços e decidir pela compra baseado em
uma quantidade grande de informações? O relacionamento, a mídia e o
ponto de venda são as principais formas de influência no consumo de
produtos.
A busca pela informação, como dito
anteriormente, é fundamental para o consumidor do século XXI. A
pesquisa mostra que 50% estão aptos a fornecer muitas informações
sobre algum tipo de produto e outros 34% dizem que conversam bastante
com muitas pessoas diferentes sobre produtos de interesse antes de
efetuarem a compra, e 34% concordaram que é bastante provável que
consigam convencer outras pessoas a respeito de determinados produtos
com suas opiniões. Estratégia em redes sociais?
Resumindo: todas as informações
sobre esse novo consumidor levam para
estratégias digitais. Será que os profissionais de marketing
compartilham isso comigo?