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A presença feminina como tendência no e-commerce do futuro

Por: Lenizio do Amaral Güntzel

Analista de Copywriting

Lenizio do Amaral Güntzel é Analista de Copywriting na WEBJUMP, onde aplica sua paixão pela escrita e experiência em áreas como Inbound Marketing, SEO, Marketing de Conteúdo, MktOps e RevOps. Formado em Letras - Português/Inglês pela UTFPR, possui um sólido background na criação de conteúdos estratégicos para diversos setores, incluindo tecnologia, SaaS, saúde, e finanças. Antes da WEBJUMP, atuou como Redator SEO na Esportudo e liderou a equipes de redação em outras agências, sempre focado em otimizar a comunicação e maximizar os resultados através de textos impactantes e bem elaborados.

Há um certo tempo, o e-commerce brasileiro tem se transformado em um espaço de grande relevância às mulheres, que estão cada vez mais presentes no setor. Conforme uma pesquisa feita pela Data Nubank junto do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), 72% do setor é liderado por mulheres

Sendo assim, esse dado reflete não apenas a coragem em inovar e mudar de carreira, mas também a capacidade de equilibrar múltiplas responsabilidades, como muitas vezes a maternidade e a vida profissional. 

Entenda algumas das características singulares que as mulheres trazem para o ambiente dos negócios, como a adaptabilidade e a visão estratégica.

Como Caroline Moreno, fundadora do Mulheres no E-Commerce, destacou durante a 15ª edição do Fórum E-Commerce Brasil: “as mulheres são capazes de transitar entre ser mãe, executiva e empreendedora, pois no final do dia somos uma pessoa só, que veste vários chapéus”.

Esse cenário é, em parte, resultado das características singulares que as mulheres trazem para o ambiente dos negócios, como a adaptabilidade e a visão estratégica.  

Historicamente e até mesmo nos dias de hoje, as mulheres enfrentam muitos desafios no mercado de trabalho, desde a luta por direitos fundamentais e básicos até a busca por igualdade salarial. No meio disso, a busca por autonomia financeira levou muitas mulheres a desbravarem o ambiente online — lugar que o empreendedorismo se apresenta como uma opção atraente por conta da flexibilidade que oferece. 

Desse modo, essa tendência não é apenas um reflexo das necessidades do presente, mas também um indicativo de que o futuro do e-commerce continuará a ter uma participação feminina crescente.  

Impacto e importância das mulheres no e-commerce

A pandemia da Covid-19 acelerou a digitalização de diversos setores no país e no mundo e, por consequência, o e-commerce surgiu como uma das principais soluções para manter o comércio ativo. Nesse contexto, a participação de mulheres foi fundamental para a expansão do setor. 

De acordo com um levantamento da Neotrust, o e-commerce brasileiro chegou a faturar R$ 161 bilhões em 2021, sendo que uma parte significativa desse sucesso se deu pelas mulheres, que lideraram grande parte desses negócios digitais.  
 
Essas mulheres não apenas empreendem, mas também inovam, trazendo novas perspectivas e modelos de negócios que são essenciais para o dinamismo do mercado.  

Segundo um estudo do Mercado Livre em parceria com o Ibope Conecta, cerca de 20% das mulheres que iniciaram seus próprios negócios durante a pandemia fizeram isso como uma resposta proativa às mudanças econômicas e sociais, evidenciando sua capacidade de adaptação e resiliência.  

Diversidade e inclusão: desafios e oportunidades

Apesar dos avanços, a presença feminina em cargos de liderança no setor de tecnologia, que inclui o e-commerce, ainda é limitada. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostram que, entre 2014 e 2019, o número de mulheres na tecnologia aumentou, mas elas ainda representam apenas 20% do total de profissionais no Brasil.  

Ou seja, este dado sublinha a importância de promover mais diversidade e inclusão no setor, permitindo que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de crescimento e liderança que seus colegas homens. 

Conforme destacou Caroline Moreno, é essencial continuar investindo no desenvolvimento de “soft skills” e outras habilidades necessárias para que as mulheres possam prosperar em suas carreiras, superando adversidades. 

A diversidade, aliada à inclusão, não é apenas uma questão de justiça social, mas uma estratégia de negócios que pode gerar inovação e competitividade. Empresas que investem em ambientes de trabalho inclusivos são mais propensas a atrair e reter talentos diversos, o que, por sua vez, pode impulsionar a inovação e o desempenho geral. 

O futuro do e-commerce e a expansão das oportunidades para as mulheres

Por fim, à medida que o e-commerce se expande para além do varejo tradicional, atingindo setores como fintechs, saúde e educação, surgem novas oportunidades para as mulheres.  

Este crescimento oferece um espaço para que mais mulheres implementem suas visões e conhecimentos, influenciando diretamente o futuro do comércio eletrônico brasileiro. 

Como Caroline Moreno afirmou: “o e-commerce está se expandindo para vários setores”, e este movimento deve permitir que mais mulheres com diferentes bagagens entrem no mercado e transformem o setor com suas perspectivas únicas. 

A tendência é que, no futuro, o e-commerce se torne ainda mais centrado no consumidor, utilizando inteligência artificial e análise de dados para personalizar a experiência do cliente. Nesse cenário, as mulheres continuarão a desempenhar um papel crucial, não apenas como líderes e inovadoras, mas também como consumidoras informadas que moldam o mercado com suas demandas e expectativas.