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A importância de analisar a concorrência com as 5 forças de Porter!

Por: Mirelly Oliveira

Formada em Propaganda e Marketing e cursando MBA em gestão empresarial na FGV, tem mais de 10 anos de atuação em marketing, sendo 7 deles em e-commerce. Por 5 anos fez parte da equipe do Mercado Livre e hoje trabalha na Real Trends, empresa especializada em vendedores do Mercado Livre.

Monopólio é quando uma empresa detém toda a posição de mercado. Ou seja, ela exclusivamente atende todas as necessidades do comércio. Logicamente, hoje em dia isso é algo muito raro. A era digital abriu as portas para novas oportunidades e, com o crescimento do e-commerce, é quase impossível encontrar um segmento monopolizado hoje em dia.

Agora o normal é ter concorrentes na maioria dos segmentos e muitos empreendedores reclamam da quantidade elevada dos competidores. Mas, em um mercado como o Brasil, onde o e-commerce representa somente 5% das vendas, as possibilidades de expansão são enormes e com certeza com o tempo a concorrência também será.

Ter concorrentes, ao contrário do que muitos pensam, é uma prática saudável para o mercado. Essa competitividade garante melhores preços e experiências de compra. Mas, para isso acontecer o empreendedor precisa estar antenado ao que está acontecendo. É nesse momento que entra a importância da análise da concorrência.

Não importa o seu nicho: analisar a concorrência precisa ser uma prática constante e intensa. Inclusive recomenda-se fazer antes mesmo de abrir um negócio — você compreende quais são as melhores práticas do mercado e terá mais segurança para tomar decisões no seu negócio. Para ajudar nesse processo aí vão algumas dicas:

Como fazer uma análise da concorrência?

As análises podem ser feitas de várias formas, mas uma das maneiras mais conhecidas e que servem para qualquer tipo de negócio é o modelo 5 forças de Porter. Trata-se de um conceito criado pelo professor de Harvard, Michael Porter, na década de 70. Tal ferramenta se tornou poderosa para mensurar o nível de competitividade do mercado. Para fazer a análise usando conceito de Porter você precisará avaliar:

1 – Rivalidade entre concorrentes

Defina quem são seus concorrentes diretos. Considere aqueles que vendem os mesmos produtos ou marcas. Depois disso, avalie quais são os pontos que eles se destacam: será que já estão bem posicionados no mercado? Investem em publicidade?

Ah, não se esqueça de também olhar para o valor do frete e tempo de entrega. Essas são informações importantíssimas que você precisa saber de cor e salteado. Avaliar essa força deixará claro se o seu setor está saturado e quais são aqueles que competem por preço ou por outros diferenciais.

2 – Ameaça de novos entrantes

Essa parte pode ser um pouco mais difícil, porque é necessário avaliar o futuro, mas é importante para você se manter no topo. Faça uma reflexão e tente identificar os próximos passos da concorrência. Busque possíveis lançamentos, condições de vendas e considere até mesmo um novo entrante com um alto capital de investimento — tenha em mente o que fazer caso isso aconteça.

3 – Ameaça de produtos substitutos

A pandemia é um ótimo exemplo para falar dessa força. Imagine aqueles que começaram a vender máscaras: o que será quando a demanda acabar ou reduzir? Outro exemplo: tênis “de molas” da Nike. Na época foi um sucesso, mas hoje essa preferência já foi substituída. Então, esteja atento a essas mudanças e entenda quais são as opções que ameaçam os seus produtos.

4 – Poder de barganha dos fornecedores

Aqui, o bom relacionamento faz toda a diferença. Conseguir barganhar com o seu fornecedor preço, tempo de entrega e até mesmo exclusividade de algum item pode contribuir para o seu posicionamento no mercado. Também considere ter sempre mais de uma opção, assim você não fica vendido caso algo aconteça.

5 – Poder de barganha dos clientes

Antigamente essa força era mais comum, afinal a negociação era direta e presencial. Agora com o e-commerce o poder de barganha do cliente pode acontecer de outras formas — o provável é que isso aconteça nas redes sociais. Considere, portanto, que o preço, a qualidade do produto e a excelência no atendimento vão interferir na intenção de compra.

Ainda existem pessoas que veem a análise da concorrência como algo desonesto, mas não pense assim. Isso é uma prática comum e necessária. Leia e releia esse artigo e coloque o passo a passo em prática. Os resultados podem aparecer a curto, médio ou a longo prazo, mas aos poucos você conseguirá melhorar o posicionamento da sua marca. Tenha em mente que todos esses estudos podem alavancar as vendas do seu negócio. Por isso, descubra os seus diferenciais e faça proveito disso.