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5 estratégias para o e-commerce durante a pandemia do coronavírus

Por: Hugo Collier

Formado em Administração de Empresas na Alemanha, possui MBA pela FGV na área de marketing digital. Com passagens por agências de performance, trabalhou na divisão de negócios estratégicos da Coca-Cola de Berlim antes de fundar a agência ABlab. Durante a carreira digital, esteve à frente de projetos com clientes como Sodexo, Walmart, Brastemp, Decathlon, Serasa Experian, Bayer, Itaú, Globosat e Dorflex, entre outros.

Os impactos do novo coronavírus na sociedade e na economia ainda estão sendo avaliados e mensurados, mas já sabe-se que são grandes o bastante para trazer importantes mudanças no mercado e nos hábitos de consumo. Com a recomendação do distanciamento social pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como estratégia para contenção do coronavírus, as pessoas têm permanecido a maior parte do tempo — ou o tempo todo — dentro de suas casas, buscando o e-commerce como alternativa para suprir as necessidades de alimentos, medicamentos e outros itens.

Com essa migração repentina de uma considerável parte dos compradores de lojas físicas para o ambiente online, o e-commerce recebe uma nova demanda e, com isso, precisa se adaptar. Um estudo da Boa Vista, empresa que gerencia o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), apurou que 42% das empresas brasileiras têm até 10% do seu faturamento vindo das vendas pela internet, o que significa que a maioria delas precisa rever sua presença no ambiente online para minimizar as perdas financeiras e atender com agilidade e qualidade os clientes que estão chegando.

Como encarar esse período?

Mas, afinal, como as empresas devem se preparar para receber toda essa demanda, que deve apresentar crescimento ainda maior nas próximas semanas durante a permanência das medidas de contenção do coronavírus? Penso que a questão central é combinar adequadamente as estratégias de marketing com a questão estrutural da loja virtual. Para uma significativa parte dos varejistas, o e-commerce é, agora, a única forma de manter o negócio vivo. Portanto, é preciso que a loja online esteja preparada para proporcionar segurança e praticidade para o consumidor em todas as etapas da compra, incluindo a logística de entrega no pós-venda. Além disso, é preciso adotar uma estratégia de marketing mais humanizada, afinal trata-se de um momento delicado e difícil em todo o planeta.

Algumas dicas podem ajudar o varejista a encontrar caminhos positivos dentro deste novo – e ainda desconhecido – cenário.

Monitore o mercado

Se, antes, o monitoramento do mercado já se mostrava essencial para o entendimento de como o segmento se comportava e para detectar novas oportunidade, agora essa ação é indispensável. É tudo novo agora para o varejo, sobretudo para os comerciantes que tinham pouca ou nenhuma presença digital até aqui. Portanto, pesquisar fontes confiáveis e sérias e se manter informado sobre como o mercado vem reagindo é a primeira providência a ser tomada.

Atenção à logística

Sem as entregas, o varejo online para e o consumidor não recebe. Por isso, mais do que nunca, é preciso dar atenção especial à questão da logística. Segundo a empresa Intelipost, as transportadoras detectaram um aumento de 10% nas entregas nos últimos dias, e com pouca interferência no prazo prometido aos clientes pois há menos pessoas nas ruas. A pesquisa também percebeu a migração de uma parte dos motoristas de aplicativo, que encaram uma grande queda no número de passageiros, para a área de entregas motorizadas. Portanto, verifique qual alternativa de entrega é a mais adequada para o seu negócio e mantenha o cliente sempre informado. Seja por e-mail ou WhatsApp, sobre o andamento do pedido e também sobre eventuais atrasos. Dessa forma, pode evitar perder futuras vendas por conflitos em relação à informação.

Invista na presença digital

As pessoas estão muito mais tempo online agora, e reforçar a presença digital da sua empresa é a melhor forma de se conectar com o público. Divulgue nas redes sociais — além da sua marca e dos seus produtos e promoções — conteúdos informativos extraídos de fontes oficiais e sérias. Vale também dicas e outros assuntos que possam auxiliar a comunidade nesse momento. Além de ajudar as pessoas, essa é uma forma de construir de maneira sustentável o relacionamento entre e-commerce e cliente para o futuro.

Loja própria ou marketplace?

Para quem ainda não tem uma loja virtual estruturada e vê na internet uma saída possível para a venda de seus produtos e serviços, a dica é iniciar o caminho por meio dos marketplaces. Esses sites funcionam como um grande shopping online, em que várias lojas oferecem seus produtos. Nesse caso, a “estrutura da loja”, ou seja, a parte funcional, fica por conta do site. É uma forma menos onerosa para adentrar ao mundo do e-commerce, sobretudo para pequenos empresários que precisam conter gastos nesse momento.

Se possível, invista em anúncios online

Os anúncios online mostram-se como estratégias para auxiliar o varejista virtual a ser mais visto, mais lembrado e, consequentemente, aumentar a possibilidade de gerar vendas — tudo isso no curto prazo. Patrocinar posts em redes sociais e utilizar o Google Ads são ações que podem trazer ótimos resultados. Porém, é preciso monitorá-las para saber como estão repercutindo e quais são os reais efeitos deste investimento. Isso mesmo que ele seja muito pequeno, pois é preciso entender como vai retornar esse valor que foi gasto.

Este é um momento em que as pessoas estão a maior parte do tempo em casa, fazendo online a maioria das tarefas e atividades que antes faziam offline. Começa a tomar corpo um novo comportamento que tende a trazer mais oportunidades para o varejista digital neste período.