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4 tendências para o setor de e-commerce em 2022

Por: Fellipe Guimarães

Especialista em negócios digitais | Startup Maker | Desenvolvedor Full Stack. Founder Grupo Codeby. A empresa que possui 6 anos de mercado atende grandes marcas como, por exemplo, KFC (México), F64(Romênia), Telemercados (Chile), Lego, Shoulder, Valisere, Alpargatas, entre outras.

Com a pandemia e todo o contexto de isolamento social, os anos de 2020 e 2021 foram marcados com o crescimento acelerado das vendas online no Brasil e no mundo. O e-commerce, que no início estava lutando por espaço, hoje é mais que uma certeza.

As empresas que não estavam presentes no comércio eletrônico investiram nele nos últimos meses. Por outro lado, as que já possuíam a ferramenta estão aprimorando suas entregas. Aliás, até quem ainda não possui o e-commerce (site próprio) está se beneficiando do social commerce para movimentar o caixa da empresa.

De acordo com o 44º Relatório da Webshoppers, mais pessoas estão realizando compras pela internet, cerca de 6,2 milhões para ser exato. Isso também quer dizer que a concorrência está cada vez maior, o que torna desafiador ocupar um espaço relevante em meio a tantas lojas virtuais.

Para empresas que buscam se destacar, é essencial incorporar inovações em seus canais de venda para reforçar a autoridade da marca e potencializar a experiência do usuário.

Seguir as tendências pode ajudar sua marca a alcançar a autoridade e o faturamento que tanto busca.

1 – Live Commerce

O live commerce é uma estratégia de interação através de streaming de lives para alavancar vendas no e-commerce. Através desta experiência, o lojista pode promover produtos e serviços, oferecendo uma interação mais personalizada com o cliente.

A modalidade bastante comum na China, já está se espalhando pelo mundo, principalmente durante a pandemia. Um exemplo disso foi quando muitos artistas começaram a realizar transmissões ao vivo (de suas próprias casas), mas patrocinadas por marcas. As mesmas disponibilizavam QR Code na tela e bastava aproximar o celular para ser direcionado para o link de compra.

Segundo dados de uma pesquisa recente da Wyzowl, cerca de 96% dos usuários assistem vídeos de explicação para entender sobre um produto ou serviço. Além disso, 84% dizem se sentirem mais convencidos a comprar um determinado produto após assistir o vídeo da marca.

Já outros 66% afirmam que preferem se informar sobre um produto por meio de vídeo. Conseguimos entender que os vídeos estão presentes, principalmente na fase de consideração de compra.E claro, existem outros fatores que mostram a relevância dos vídeos como o Tik Tok, o Reels do Instagram, entre outros.

As marcas que já entenderam essa tendência do consumidor começaram a investir no live-commerce, convidando influenciadores digitais para promover produtos e serviços, oferecendo promoções exclusivas que convidam o consumidor a assistir, interagir e a comprar. A tendência é que mais marcas invistam nesta estratégia a fim de criar maior proximidade com o cliente.

2 – Super Apps e Shoppable

De acordo com o estudo realizado pela Smart Insights, mais da metade de todo o tráfego na web vem de dispositivos mobile, e a previsão é de que esse número aumente em 25% até 2025.

Com a criação de super apps (que agregam funcionalidades como chat, pagamentos, compras, jogos e serviço de delivery), o consumo centralizado tornou-se mais do que possível, cômodo e seguro. A junção de inúmeras funcionalidades em um único canal otimiza tempo, custo e logística, além de influenciar diretamente na decisão de compra e recompra.

Esses aplicativos estão evoluindo de tal forma que já contemplam a jornada de compra completa do cliente, incluindo a vitrine de produtos, atendimento e pagamento. O que permite ao lojista descentralizar o checkout e ampliar as opções de pagamento para cada tipo de cliente. Na prática, investir nestes super apps simplifica a jornada do cliente, expandindo o alcance da marca e otimiza os processos entre a loja e os clientes.

3 – Experiências 3D

Uma das principais dificuldades de realizar compras pela internet, é não ter a noção exata das proporções do produto, ou de como o produto será aplicado no contexto da vida do consumidor. Essas dúvidas motivam muitos consumidores a optar por não realizar compras pelos canais digitais.

Inserir modelos 3D dos produtos torna a experiência de compra mais interativa, além de preencher a lacuna deixada pela falta de contato do consumidor com o produto.

Algumas empresas, principalmente no setor de moda, já estão investindo nessa frente. Algumas marcas de vestuário utilizam modelos de roupas tridimensionais com aspecto realista que se moldam ao corpo do consumidor, além de mostrar combinações para aquela peça.

Esta tendência será forte no próximo ano. Isso porque diminui a taxa de devolução por insatisfação, auxilia o consumidor a fazer escolhas mais assertivas aumentando assim a confiança do consumidor no produto.

4 – Voice Commerce

O comando por voz já é uma facilidade adotada por muitos consumidores. Uma pesquisa recente mostra que mais de 60% dos brasileiros já usam comandos de voz em seus dispositivos.

Estima-se que em aproximadamente 3 anos, 40% das transações serão realizadas por meio de comando de voz. Dessa forma, é interessante os e-commerces se prepararem para este tipo de pesquisa.

Assistentes virtuais como a Alexa também vêm conquistando pessoas pelo mundo todo, o que abre porta para o e-commerce. Afinal, com ela é possível colocar produtos no carrinho da Amazon e realizar compras, tudo isso por comando de voz.

Além disso, adequar o seu site para os algoritmos dos mecanismos de pesquisas como o Google, garante maior acessibilidade para deficientes visuais e movimenta o mercado para um cenário mais inclusivo.