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4 diferenças entre loja virtual (e-commerce) e marketplace

Por: Vinicius Pessin

Co-Founder da EuEntrego.com. Administrador de empresas, empreendedor e mercadólogo. Acumula mais de 20 anos de experiência nas áreas de e-commerce, internet, tecnologia da informação e telecom. Foi diretor da Hunting do B2W Marketplace, e já liderou equipes de outras companhias como Terra, Plugin, Diveo, UOL e e-smart.

Muito têm se falado sobre marketplaces, mas alguns empresários ainda têm dúvidas sobre as diferenças dessa modalidade se comparada ao modelo tradicional de e-commmerce. Por isso, nesse artigo vamos explicar algumas diferenças básicas na gestão dos dois formatos e como eles podem se complementar e ajudar diferentes perfis de lojistas a melhorarem suas vendas.

Visibilidade
Um ponto crucial para qualquer loja virtual é o investimento em divulgação, sobretudo em marketing de performance. Se não divulgar, dificilmente o cliente vai chegar até ela. Mas o e-commerce não vai conseguir destaque em pouco tempo e irá precisar de um período de maturação até que consolide a marca com seu consumidor.  Principalmente lojas novas, ou que estão há menos de seis meses no mercado, a principal diferença vai estar na quantidade de consumidores que poderão ver seus produtos.

O Submarino, por exemplo, contabiliza mais de 115 milhões de page views mensais. O site Americanas.com é outro com grande número de acessos, com um volume superior a 260 milhões de page views todos os meses (Comscore/ 2015). Dificilmente um site novo ou que adota um modelo comercial com vendas de produtos de uma categoria – ou nicho – vai conseguir alcançar esses números. É como se a pequena loja de rua fosse parar em um hipermercado renomado, onde os consumidores estão naturalmente dispostos a comprar. Esse fator também pode contribuir para um aumento significativo de pedidos recebidos.

Estoque
Ao optar por esse modelo de venda você recebe os pedidos e precisa encaminhar ao cliente, ou seja, são duas frentes de entrada (loja própria e marketplace). Se sua loja estiver em mais de um player de marketplace você terá outros estoques para gerenciar.

Isso é um problema? Claro que não!

Essa gestão pode ser bem simples caso você tenha um integrador, onde poderá acompanhar todos os resultados e gerenciar seu estoque em uma única plataforma. Ele permite inclusive a criação de regras que irão “dosando” a distribuição dos produtos por diferentes marketplaces.

Lembre-se, afinal, que estar em vários marketplaces significa que você também terá diversas frentes de venda, e que elas irão trabalhar juntas para o sucesso do seu negócio e aumentar consideravelmente as chances de conversão.

Presença de intermediador no negócio
Uma outra forma de entender o marketplace é como um intermediador do negócio. Um lugar que consegue atrair um grande número de clientes por conta de uma marca forte já estabelecida e uma grande quantidade de lojistas. O que ele faz é direcionar esses clientes que procuram pela marca para que suas necessidades sejam supridas por lojistas que estejam lá e tenham a melhor oferta para o cliente. O lojista ganha exposição e o cliente consegue ser atendido pelo melhor player para o que pretende comprar.

Cauda longa
O cliente, que entra na loja para comprar um determinado produto, pode ser impactado e receber sugestões de compra de itens que complementam o pedido. Vamos tomar uma empresa que vende películas, capas e outros acessórios para celulares, como exemplo. Qual o melhor momento para oferecer esses produtos? Uma sugestão é quando o cliente compra um novo smartphone.

O seller se beneficia da intenção de compra do consumidor, que pode fazer essa compra em um mesmo pedido. O marketplace facilita para que a compra seja mais relevante para o consumidor. Essa facilidade é algo que ajuda na hora dele decidir comprar ali naquele local e preferi-lo a uma loja que só venda produtos de uma categoria.