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3ª Edição do Índice de Confiança do Varejista no Comércio Eletrônico

Por: Gabriel Lima

CEO da Enext. Formado em Publicidade e Propaganda pela ESPM, com mestrado em Administração de Empresas pelo Insper. Entre os anos de 2017 e 2020, foi representante do Brasil na Unido e também é autor dos livros Comércio Eletrônico: Melhores Práticas do Mercado Brasileiro e Líderes Digitais.

A terceira edição do índice de confiança do varejista no comércio eletrônico mostra as perspectivas das empresas de comércio eletrônico para o último trimestre do ano de 2013, e apresenta resultados interessantes sob o prisma do varejista com relação às expectativas para a época mais importante do ano para seus negócios, pois nela estão datas como o Dia das Crianças, o Black Friday e o Natal. A pesquisa realizada entre os dias 01 e 11 de Outubro contou com a participação de 80 respondentes e levou em consideração os mesmos critérios adotados nas pesquisas do primeiro (T1) e segundo trimestres (T2).

Mantendo a mesma linha, o primeiro índice analisado leva em consideração qual a categoria de negócio o e-commerce pertence. Neste caso, houve uma queda de respondentes considerados como Redes de Varejo, aqueles que possuem lojas físicas e virtuais, sendo que o indicador caiu para 42,5% em relação aos 47,3% do trimestre anterior. Varejistas apenas Virtuais e Marcas e Indústrias ganharam participação entre os respondentes, aumentando sua participação de 38,5% para 42,5% e 14,3% para 15,3% respectivamente.

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O segundo indicador levantado na pesquisa trata da expectativa de investimento dos varejistas para os próximos 3 meses. Pode-se observar que a intenção de aumentar o investimento para os meses de maior impacto do varejo permaneceu estável passando de 69,2% para 70% no último trimestre do ano. Todavia, os varejistas que pretendem diminuir o investimento saltaram de 1,1% para 6,3%, ganhando espaço dos varejistas que pretendiam manter. De acordo com os dados apurados, o grupo que menos pretende investir no Comércio Eletrônico nos próximos três meses são o das Redes de Varejo, com 8% dos respondentes nesta situação. Um dos fatores que podem levar as redes de varejo a investir menos no negócio virtual no último trimestre é o foco dado às lojas físicas, que na maior parte do caso consistem no carro chefe de receitas para as empresas. Curioso notar que Marca e Indústria pretendem aumentar o investimento, sendo que seu indicador apresentou um salto de 77% no T2 para 91% no T3. Este fator também pode estar relacionado à sazonalidade, uma vez que a indústria se prepara para o Natal com meses de antecedência, e pode estar predisposta a investir em projetos de comércio eletrônico em uma fase mais tranquila de sua operação.

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A pesquisa também mostrou algumas tendências importantes do ponto de vista de prioridade de investimento. Mobile Commerce é a principal delas, apresentando um crescimento significativo ao longo das três avaliações, sendo que no momento 37,7% dos respondentes pretendem investir em alguma iniciativa móvel. Outro ponto importante é a consolidação de Email Marketing como a principal prioridade de investimento dos varejistas com 57,5% das intenções. Isso mostra a mudança de perfil dos e-commerce que passam a dar mais atenção aos clientes já adquiridos em detrimento a aquisição através de novos canais. Outro ponto importante de se notar foi o aumento da intenção de investimento em Plataformas de E-commerce, saindo de 41,8% para 52,5%. Este fenômeno pode estar relacionado a intenção de investimento em novos projetos, haja visto a intenção de investimento das Marcas e Indústria, bem  como a uma possível preparação das soluções tecnológicas no pico de vendas mais importante do ano.
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No compito geral, podemos observar que o comportamento dos varejistas tem-se mantido estável com relação ao otimismo de investir no e-commerce, o que vem a comprovar o quão importante este canal é na composição de vendas do varejo. Outro aspecto interessante de ser ressaltado é a força que as Redes de Varejo possuem sobre as Marcas e a Indústria, tendo em vista a ainda tímida penetração da desintermediação dos canais. A tendência de investimento em Mobilidade mostra-se cada vez mais forte e seu apelo tende a ser ainda maior nas próximas avaliações devido ao crescimento constante das vendas de smartphones e o acesso à internet sem fio.