Logo E-Commerce Brasil

Para onde está indo a publicidade nas redes sociais?

Por: Alberto Pardo

Alberto Pardo é um empresário Digital, fundador da Adsmovil e Bea Digital. Levou companhias de propaganda para a América Latina. Mais de 15 anos de experiência no comércio eletrônico digital e no campo de anúncios mobile, Marketing de Internet, comércio eletrônico, publicidade online, publicidade móvel, Estratégia de Negócios, Plataformas online de Desenvolvimento de Negócios. Trabalhou em vários países da América Latina, como Search Engine marketing, mídia Online, social Media

As redes sociais são hoje o meio digital de maior audiência no mundo. Na América Latina, por exemplo, 82,5% das pessoas acessam as redes sociais, o que torna essas plataformas um dos meios de comunicação preferidos das marcas. Graças aos avanços tecnológicos oferecidos e aos dados acessíveis, estas plataformas possibilitam às empresas segmentar e impactar suas audiências com os seus anúncios. E, além disso, permitem a mensuração e otimização das campanhas para obter melhores resultados nas ações publicitárias.

Essas plataformas sociais estão em constante mudança para se adaptar às tendências do mercado e às necessidades dos usuários. Neste sentido, um grande exemplo é a aceleração digital que vivemos no último ano. Afinal, muitas empresas passaram a ter uma maior presença nos canais digitais, seus melhores aliados para continuarem a interação com o seu público.

Assim nasceu o social commerce, ferramenta do e-commerce que oferece às marcas a possibilidade de transformar as redes sociais em um marketplace para divulgar e oferecer seus produtos, com uma experiência de shopping digital acessível aos usuários sem sair de casa.

O Live Shopping virou tendência principalmente para marcas de moda e luxo. O Facebook e o Instagram adaptaram rapidamente suas funcionalidades e fizeram uma integração com a Shopify (uma das maiores companhias de e-commerce do mercado). Neste caso, funciona para que as empresas, independentemente do porte, pudessem vender seus produtos em tempo real. Enquanto isso o WhatsApp passou a ser o meio de comunicação ideal para os compradores. Para tanto, utilizam esse canal para tirar dúvidas, fazer consultas e/ou finalizar suas transações.

Observamos esse mesmo crescimento no consumo de vídeo. Em 2023, o número de usuários de vídeo digital deverá aumentar para 317,9 milhões de pessoas. Portanto, será um momento em que representará quase metade (48,2%) da população da América Latina. Enquanto isso o número de visualizadores OTT (Over The Top) por assinatura aumentaria para 114,5 milhões. Como parâmetro, quase um em cada cinco (17,4%) consumidores assistirão o conteúdo OTT por assinatura, de acordo com dados do eMarketer.

As plataformas de streaming online estão, sem dúvida, ganhando força. Além disso, observamos um aumento significativo no número de usuários e assinantes na TV conectada, OOT e até no YouTube, com ampla facilidade de acesso oferecida — já que as pessoas podem assistir o conteúdo em seus dispositivos móveis quando quiserem. Da mesma forma, serviços como Netflix (que foi a primeira empresa a chegar à América Latina com sua proposta), seguidos por outros como Amazon e Disney, também estão fazendo um grande investimento para entrar na região e certamente serão seguidos por muitos mais.

Este ano é de se esperar que as audiências digitais e as diretrizes publicitárias continuem crescendo ainda mais. Hoje, não mais que 1 ou 2% é destinado ao OTT e a TV conectada, mas este ano pode dobrar ou triplicar.

Além disso, neste cenário para o futuro, veremos tendências como deepfake, uma falsa montagem de vídeo onde qualquer imagem ou vídeo pode ser usado para criar uma ação. O mesmo vale para ferramentas que envolvem inteligência artificial ou realidade virtual, que serão rapidamente adotadas pelas redes sociais.