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Entenda o benefício do marketing de afiliados para as empresas

Por: Rodrigo Chaves

COO do Adclub. Iniciou sua carreira na Hi-Mídia, uma das primeiras agências de marketing digital do Brasil, atendendo clientes como FNAC, Walmart, Kabum e B2W. Posteriormente, assumiu a posição de Coordenador de Marketing Online no Zoom, onde atuava de forma 360 com todos os canais de mídia em performance.

Existem diversas formas de monetizar seu conteúdo na internet. O marketing de afiliados — baseado na recompensa dos publishers (blogs, sites etc), que promovem produtos e serviços de empresas parceiras — é um dos mais conhecidos. Um mercado antigo que já gerava rendimentos muito antes da chegada das redes sociais e seus influenciadores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Marketing de Afiliação (IBMAfiliados) de 2013 a 2015, uma média de 20 mil novos empreendedores digitais ingressam mensalmente no segmento. Por conta disso, foi possível observar que, apenas em 2019, esse mercado cresceu 28% e igualou-se ao ritmo de expansão do e-commerce no país.

Como funciona o marketing de afiliados?

Para explicar exatamente como funciona, basicamente ele consiste em uma ação comercial entre três pontos:

  • a rede de afiliados, que é responsável pelo agenciamento entre as partes e a tecnologia para que o fluxo comercial aconteça da melhor forma possível;
  • o anunciante, que procura escala nas vendas, onde o cliente busca a rede para assessorar todos os publishers necessários para aumentá-las;
  • e o afiliado, responsável em impulsionar o negócio e pela divulgação da oferta do anunciante. Aqui o universo é gigante. Destaca-se sites de conteúdos super segmentados; sites de cupons de descontos e promoções em geral; disparadores de e-mail com base própria ou, até mesmo, os atuais influenciadores digitais, que hoje estão super na moda.

Desafios do marketing de afiliados

Mas, quais são os desafios? Gerenciar afiliados ou mesmo a rede de publishers é um trabalho massivo. A primeira pergunta que vem à cabeça é: Como identificar os melhores afiliados? E a resposta nunca será precisa, pois depende muito de cada segmento. Um e-commerce tende a ter melhor resultado com sites de cupons, enquanto campanhas de captação de leads performam bem com ações em social, via influenciadores. Desenhar bem a estratégia para cada um é fundamental e, com isso em mãos, definir quais são os melhores afiliados para cada caso.

Um bom exemplo de erros comuns é a falta de timing. Aproveitar as datas sazonais é fundamental para o sucesso das ações. No entanto, a afiliação não tem um fluxo facilitado de inserção de peças como, por exemplo, a plataforma do Google Ads ou Facebook Ads. A ação precisa ser desenhada com tempo hábil para veiculação. Uma vez que tudo estiver pronto, a rede disponibiliza para os afiliados patrocinarem as ofertas, mas lembre-se, cada um tem seu fluxo, sua fila de TI, sua gestão interna como um todo. Quando falamos de apenas um parceiro é fácil, mas imagina quando temos escala e diversos profissionais aptos para essa veiculação? A gerência organizacional para que o resultado aconteça é de extrema importância.

Modelos comerciais de marketing de afiliados

Além disso, acho importante comentar também que existem diversos tipos de modelos comerciais. O anunciante estabelece junto a agência o seu objetivo final e, com isso, comissiona a rede pela conquista. A rede, por sua vez, faz o repasse dessa comissão para o parceiro. Cada etapa é negociada entre as partes. Se o anunciante paga 10% por cada venda faturada, a rede pode passar 5% para o afiliado A e 8% para o afiliado B, por exemplo. Entende-se que o B traciona mais o resultado e, por conta disso, recebe um comissionamento maior. Para facilitar, abaixo listo os modelos mais comuns:

CPA (Custo por Aquisição)

O anunciante paga uma comissão por venda faturada. É muito comum o seu uso em parcerias de redes com e-commerces.

CPL (Custo por Lead)

O comissionamento ocorre após o cadastro realizado. Esse modelo é muito usado para ações de inbound, segmentos educacionais e afins. O ideal é que logo após o lead ser capturado, já tenha um time de CRM para fazer a nutrição e seguir o contato com o cliente.

CPC (Custo por Clique)

Provavelmente o modelo mais conhecido. O anunciante paga pelo tráfego gerado para o seu site. É muito importante ficar atento ao resultado, uma vez que aqui a comissão não é sobre o faturamento. No mercado de afiliação esse modelo é mais usado para campanhas de topo de funil, que buscam alcance e novos usuários.

CPM (Custo por Mil)

Outro modelo mais orientado ao awareness, é uma campanha direcionada para exposição da marca. O anunciante paga a cada mil impressões da sua peça publicitária.

Falando agora sobre os pontos positivos, constantemente nos perguntam se vale a pena o esforço para trabalhar com afiliados. Normalmente a resposta é sim! Quando bem feito e organizado, pode representar 20% de incremento nos resultados das empresas. Mas vale comentar que é importante escolher uma boa rede em primeiro lugar. Algumas são mais consolidadas no mercado, como a Awin e a Lomadee. Outras estão em constante crescimento e focam no atendimento, como a Indexa Network. São muitas redes, optar pela correta é fundamental e pode ser a garantia de sucesso da sua empresa.