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Volume transacionado em m-commerce no Brasil crescerá 46%

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

O volume transacionado através de comércio móvel (compras via smartphones e tablets) crescerá em média 46% ao ano no Brasil entre 2013 e 2016. No mesmo período, o crescimento médio ao ano do comércio eletrônico como um todo no País será de 17%. Com o m-commerce avançando praticamente três vezes mais rápido que o e-commerce, o Brasil segue próximo à média mundial, que será de crescimento médio de 42% para o m-commerce e de 13% para o e-commerce, no referido período. Os números fazem parte de uma pesquisa realizada pelo PayPal e pela Ipsos com 17,5 mil consumidores de 22 países, incluindo o Brasil.

A participação do mobile sobre o total do e-commerce ainda é relativamente pequena, girando em torno de 15%, sendo dois terços via smartphones e um terço via tablets. Os desktops e laptops respondem pelos 85% restantes das compras de e-commerce no mundo. No PayPal especificamente, a participação mobile saltou de 1% para 20% entre 2010 e 2014.

Segundo a pesquisa, 28% dos internautas já realizaram compras via smartphones e 20%, via tablets. A maioria dos que experimentaram m-commerce são jovens: 59% têm entre 18 e 34 anos. O mesmo grupo etário representa 40% dos internautas que já experimentaram e-commerce. A participação dos jovens com m-commerce no Brasil é ainda maior: 61% dos que experimentaram têm entre 18 e 34 anos.

Cabe lembrar que os números de m-commerce dessa pesquisa consideram tanto compras de bens físicos quanto de bens digitais, como downloads de games e assinatura de conteúdos, além do pagamento de serviços, como corridas de táxi.

“Parte do aumento do m-commerce virá de categorias novas que estão passando para o mobile, como pegar um taxi com pagamento pelo app. É um pagamento que antes você faria em espécie e agora passa a usar o cartão de crédito pelo celular. Isso aumenta o bolo do e-commerce de uma forma geral. Delivery de comida e compras de supermercado também vão crescer via apps”, analisa o diretor de marketing do PayPal para América Latina, Renato Pelissaro.

Apps X browser

Os aplicativos são mais populares que os sites para compras, revela a pesquisa. Dentre os usuários de comércio móvel no mundo, 64% fizeram compras via apps e 52%, via sites móveis. No Brasil, quando perguntado ao grupo que experimentou as duas interfaces para m-commerce, 46% disseram que preferem comprar por apps; 36%, pelo browser; e 18% não têm preferência. As principais razões para preferir os apps é a conveniência e a rapidez no pagamento.

“A grande vantagem do app é que você tem como construir uma experiência rica de navegação e com 100% de controle do fluxo. A desvantagem é ter que construir a base de usuários do app”, comenta Pelissaro.

Barreiras

De acordo com a pesquisa, as principais barreiras apontadas por quem ainda não experimentou m-commerce no mundo são: preferência por outro dispositivo, como laptop e computador (39%), e a tela pequena (34%). Pelissaro lembra que as telas pequenas atrapalham a visualização dos detalhes. E a baixa resolução das imagens usadas em apps e sites móveis contribui para essa impressão.

Fonte: Mobile Time