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Smartphones na América Latina chegarão a 595 milhões em 2020

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Na América Latina e Caribe, o total de assinaturas móveis deve crescer de 740 milhões em 2014 para 900 milhões em 2020, o que corresponde a um crescimento médio anual (CAGR) de 3%, segundo o levantamento Mobility Report da Ericsson divulgado nesta terça, 18. Brasil e México são responsáveis por mais de 50% do total. Já as assinaturas de smartphones terão CAGR de 15%, saindo de 270 milhões (ou 36,5% da base total) para 595 milhões (66,1% da base total). A base de smartphones crescerá de 35% do total em 2014 para mais de 65% em 2020, com a proporção desses dispositivos superando a de feature phones em 2016.

A companhia afirma que, entre 2016 e 2020, o 3G assumirá como principal tecnologia de acesso na região, respondendo por 65% do total, contra 40% atualmente. Comparativamente, no Brasil as conexões WCDMA eram 46,15% do total da base em agosto (277,4 milhões de acessos ao todo), segundo informações da Anatel. Em seis anos, a Ericsson estima que a América Latina tenha 250 milhões de assinaturas LTE, ou 30% do total.

A maioria da cobertura será de 3G e 2G, ambos cobrindo 90% da população na região cada. A tecnologia WCDMA/HSPA aumentará 35 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2013. Já o LTE sairá da atual penetração de 20% para mais de 65% em 2020.

A percepção de desempenho da rede móvel causa impacto na lealdade de consumidores a uma operadora, naturalmente. E a Ericsson diz que há espaço para melhora: segundo a empresa, em média 34% dos usuários móveis estão satisfeitos com o serviço móvel nos maiores mercados da região (Brasil, México e Argentina), e 34% recomendariam sua operadora atual. Por outro lado, 20% consideram trocar de operadora nos próximos 12 meses.

Uso crescente

O tráfego móvel na América Latina aumentará seis vezes até 2020, chegando a um total de 1,8 Exabytes por mês. O tráfego de voz, por sua vez, aumentará 3% no mesmo período. No final dessa projeção, 75% do total do tráfego móvel serão gerados em smartphones, ou 2,5 GB/mês por dispositivo em média.

Dentre usuários de PCs na América Latina, 34% usam a Internet de uma a três horas por dia, enquanto 33% utilizam mais de três horas por dia. Essa proporção é diferente de acordo com o dispositivo: em tablets, 31% usam de uma a três horas/dia e 20% usam acima de três horas por dia; e no celular, a maioria (30%) usa mais de três horas por dia, 22% usam entre uma e três horas por dia, 8% diariamente, 11% mensalmente e 9% “mensalmente ou menos”.

Segundo a Ericsson, o consumo de vídeo em celulares tem se tornado popular na região: 26% utilizam o aparelho para fazer chamadas em vídeo, 41% assistem a vídeos curtos em sites/aplicativos como YouTube, e 30% assistem a vídeos mais longos como do Netflix ao menos uma vez por semana. Serviços financeiros também aumentam: pelo menos 14% dos latino-americanos utilizam semanalmente plataformas de pagamento móvel, mobile wallet e transações bancárias pelo aparelho móvel.

Brasil

O uso da Internet no Brasil mostra a realidade da maior penetração móvel no País, em especial de smartphones. No último trimestre, 52% dos usuários utilizavam celular para navegar, 49% para acessar redes sociais e 29% assistiam a vídeos curtos. Para efeito de comparação, na América Latina essa proporção é de 40%, 46% e 22%.

Há a tendência de troca de plataformas tradicionais por over-the-top (OTT): 53% dos brasileiros preferem utilizar aplicativos de mensagens instantâneas em vez de SMS. Para chamadas de voz, 79% ainda preferem realizar ligações em vez de usar serviços OTT.

Fonte: Mobile Time