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Pesquisa da Forrester em parceria com o E-Commerce Brasil revela dados do e-commerce

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Uma pesquisa realizada pela Forrester em parceria com o  E-Commerce Brasil entre os meses de Agosto e Setembro deste ano revela dados inéditos sobre o varejo online brasileiro. O objetivo da pesquisa (Retail eCommerce In Brazil: Key Metrics) foi entender melhor os indicadores de performance (KPIs) no Brasil, bem como as prioridades dos lojistas, principais desafios, o tamanho e a composição de suas equipes.

Foram realizadas mais de 300 entrevistas, cujos resultados foram distribuídos em três publicações. A primeira parte da pesquisa, Retail eCommerce In Brazil: Key Metrics mostra resultados surpreendentes sobre diferentes métricas de performance (KPIs) do e-commerce,  como as taxas de conversão, ticket médio, taxas de devolução e as vendas realizadas através de smartphones e tablets. A pesquisa analisa os dados de acordo com o modelo de negócio (varejo online, varejo tradicional e empresas de venda direta), assim como a receita total dos varejistas online e tempo de vida das empresas.

Confira abaixo alguns resultados:

A taxa média de conversão no Brasil é de 1.9%. No Brasil, as taxas de conversão variam de acordo com o segmento do varejista; lojistas que atuam apenas no online possuem as maiores taxas de conversão. Essas taxas tendem a crescer com a evolução do mercado: de acordo com a pesquisa The State Of Retailing Online 2014: Key Metrics & Iniciatives realizada anteriormente pela Forrester em conjunto com o Shop.Org, a média de conversão de vendas nos Estados Unidos é de 2.7%.

Smartphones representam 7% das vendas online, mas tablets não ficam muito atrás. A pesquisa revelou que 7% do total de vendas dos varejistas brasileiros são realizadas via smartphones – e o mais interessante é que os tablets já representam quase a mesma porcentagem dos smartphones. “Os dados contrapõem a tendência de assumir que as vendas mobile são quase inteiramente atribuídas aos smartphones nos mercados  emergentes do e-commerce e abrem novas oportunidades no Brasil que não devem ser ignoradas”, disse a vice-presidente e diretora de pesquisas da Forrester Research, Zia Wigder.

Taxas de devolução são baixas, mas devem aumentar. As taxas totais de devolução de produtos no Brasil são de 4%, um número bastante atraente para players de fora do Brasil que estão acostumados a altas taxas como as dos Estados Unidos e Europa (segundo a pesquisa da Forrester com o Shop.Org a porcentagem de produtos devolvidos nos EUA era de 12%). De fato, no Brasil a cultura de devolução de produtos comprados via internet ainda é bem menor. “As taxas de devolução podem aumentar com o tempo, conforme os varejistas ampliem e promovam suas políticas de devolução”, finalizou Zia.

A pesquisa será apresentada em São Paulo no dia 11 de novembro pela vice-presidente e diretora de pesquisas na Forrester Research, Zia Wigder.

Fonte: Forrester Research