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E-commerce alcançará 47 milhões de euros em 2014 no sul da Europa

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

A região do sul da Europa alcançará um valor de 47.800 milhões de euros através do e-commerce em 2014, experimentando uma taxa de crescimento anual em torno de 22% desde 2010, segundo dados revelados por um estudo recente da E-commerce Europe, uma associação que representa 25.000 empresas que vendem pela internet.

O estudo ‘E-commerce B2C no sul da Europa‘, revela que o mercado de comércio eletrônico é um “raio de esperança para a região atingida pela crise e recessão”, segundo a associação. A região é constituída por Espanhaa, Itália, Turquia, Grécia, Portugal, Croácia, Chipre e Malta.

Os bens e serviços vendidos na internet no sul da Europa cresceram no ano de 2013 alcançando um valor de 40.800 milhões de euros, 11% a mais que a média de toda a Europa. Além disso, a região é um terreno fértil para atividades de venda e varejo. Atualmente, dos 125 milhões de usuários de internet, 48 milhões estão comprando bens e produtos através da rede. Na atualidade, o e-commerce minoritário de bens gera 2% do total de vendas de mercadorias.

Espanha lidera o e-commerce

Com um total de vendas de 14.400 milhões de euros, a Espanha lidera a região do sul da Europa no segmento, à frente da Itália, com um faturamento de 11.200 milhões e da Turquia com 8.900 milhões. Com um crescimento de 18,9% em 2013, o sul da Europa supera o crescimento experimentado por toda a zona do euro, que cresceu 17,5% e a Europa que cresceu 14,7%.

Apesar da diminuição de crescimento do mercado de comércio eletrônico da Turquia, o país ainda tem experimentado um crescimento mais forte que em 2013, de 35%. Devido à saturação do mercado, espera-se que o crescimento da Turquia siga diminuindo para 17,8% em 2014, ajustando-se aos demais países da região.

O potencial grego

Há previsão é de que a Grécia atinja 18,8% de crescimento, à frente da Itália (18,2%). Além disso, os compradores gregos foram os consumidores que tiveram os maiores valores de gastos em 2013. Os compradores do sul da Europa gastaram 842 euros por pessoa em 2013. Uma quantidade muito menor que a média de 1.500 euros da Europa e que a média de gastos da zona do euro que foi de 1.376 euros.

No ano passado, os gregos gastaram praticamente a mesma quantidade que o ano anterior, 1.345 e 1.347 euros, respectivamente, sendo esses anos os que mais rentáveis para o e-commerce da região.

Atrás da Grécia, o Chipre ocupa o segundo lugar, com um gasto médio por comprador de 1.000 euros, seguido por Portugal, com 954 euros e Espanha com 874 euros.

Considerando que a Espanha é o país da região com maior volume de ingressos nas vendas de e-commerce, 14.400 milhões e número de compradores online superior ao dos países vizinhos, mesmo que os consumidores gastem menos.

Radiografia do e-commerce na Espanha

Ainda segundo o estudo, o perfil do “e-shopper” na Espanha é majoritariamente masculino (64,6%), com idade entre 33 e 55 anos e com nível superior em 83% dos casos. Madrid (27%) e Catalunha (24,7%) se destacam, já que acumulam mais da metade do mercado espanhol. Enquanto as compras de e-commerce realizadas por notebook diminuíram de 63% no ano anterior para 57,8% este ano, a compra através de tablets são as que mais cresceram, alcançando 16,2% em comparação a 12,6% no ano anterior.

As Smart TV’s também cresceram como dispositivo também para o uso do comércio eletrônico. Enquanto no ano passado o item se situava em 1,9%, hoje em dia já é utilizada por 2,6% dos consumidores. Finalmente os smartphones utilizados anteriormente por 22,5% dos compradores hoje representam 23,4% das compras.

A pesquisa também faz referência à valorização que fazem os usuários deste tipo de compra, e 64,5% dos espanhóis declara sentir-se satisfeito ou muito satisfeito com as compras realizadas, 49,2% deles manifestaram a intenção de voltar a repetir a compra no mesmo e-commerce.

Nessa mesma linha, mais de 80% dos consumidores afirma receber a informação necessária para a decisão de compra, e cerca de 90% deles consideram que é simples realizá-la. Quanto à busca de informação, 69% dos compradores segue visitando os diferentes comparadores de preços que existem na internet, enquanto 13,1% usam buscadores como o Google.

Por último, em relação às dúvidas e reclamações, os canais tradicionais como o telefone ou e-mail continuam sendo os preferidos para o serviço de pós-venda (para 91,7% de los usuários). As redes sociais também tiveram aumento em relação a 2013, situando-se em 7,1% atualmente. E diante de dúvidas, os usuários dão mais credibilidade à familiares e amigos que aos serviços de atendimento ao cliente no e-commerce.

Fontes: Cadenadesuministro e Revista Info Retail