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Consumidores venderiam informações pessoais por cerca de $20, diz estudo

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Consumidores querem privacidade, mas nem sempre estão dispostos a mudar suas ações para se proteger. Essa é uma das principais conclusões do estudo global “Privacidade e Segurança em uma vida conectada: um estudo dos consumidores americanos, europeus e japoneses”, solicitado pela Trend Micro – líder em segurança na era da nuvem – e conduzido pelo Ponemon Institute. 

A pesquisa revela que a maioria dos consumidores acredita que os benefícios da Internet das Coisas (IoT) superam as preocupações em relação à privacidade. Entretanto, 75% acham que não têm qualquer controle sobre suas informações pessoais. Além disso, a análise compara a percepção dos usuários a respeito de sua privacidade, sua vontade de mudar seu comportamento e a percepção do valor de suas informações pessoais. 

“Esses resultados abrangentes mostram que, ao mesmo tempo em que os consumidores parecem preocupados com privacidade e segurança, eles não compreendem plenamente o papel que desempenham – independentemente de onde eles vivem”, disse Raimund Genes, CTO da Trend Micro.

Simultaneamente, a maioria dos que se identificam como ‘sensíveis à privacidade’ não têm a intenção de mudar suas práticas de comportamento ou compartilhamento de informações práticas, mesmo no caso de experimentarem uma situação de violação de dados.

Isto poderia ser atribuído a um sentimento de impotência ou a uma total falta de consciência. Está claro que é necessário estar mais atento para garantir privacidade e segurança pessoal. Felizmente, há uma infinidade de recursos disponíveis para ajudar as pessoas a aprenderem como se faz isso da melhor maneira possível.

“A privacidade é considerada o direito individual de manter desconhecidas as informações sensíveis e confidenciais, a não ser que o indivíduo em questão deseje que elas sejam reveladas”, disse Dr. Larry Ponemon, presidente e fundador do Ponemon Institute. “No entanto, nos surpreendemos com o fato de que a maioria dos consumidores está disposta a oferecer às empresas informações como nome, sexo, hábitos de compra e até mesmo condições de saúde e informações de login, caso haja uma recompensa por isso. Quando solicitado, eles são até capazes de colocar um preço para suas informações pessoais, com remuneração variável entre $2.90 a $75.80”. 

Embora existam diferenças regionais sobre o valor atribuído para cada informação, os usuários acreditam que, em média, cada informação custe $19.60.

Os preços mais caros incluem os seguintes dados: 

  • Senhas – $75.80
  • Condições de Saúde – $59.80
  • Detalhes de pagamento – $36
  • Histórico de crédito – $29.20
  • Hábitos de compra – $20.60

As informações mais baratas incluem:

  • Sexo – $2.90
  • Nome– $3.90
  • Telefone – $5.90 

O relatório engloba as respostas de pessoas na Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Polônia, Rússia, Eslovênia, Espanha, Suíça, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos.