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47% dos consumidores compram mais produtos de beleza online

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Produtos de beleza e cuidados pessoais possuem maior alcance entre os e-consumidores (11%) que os produtos em geral ou populares (6%). Amazon domina com 73% dos produtos do segmento com 73% das vendas seguida pelo Wal-Mart (42%) e Sephora (35%)

A A.T Kearney divulgou hoje os resultados do estudo “Beauty and the E-Commerce Beast: 2014 Edition” que mostra resultados de uma pesquisa online realizada com consumidores de beleza e produtos de cuidados pessoais. A pesquisa mostra a indústria de produtos de beleza e de cuidados pessoais – tradicionalmente fundamentada nas capacidades de tocar, cheirar e experimentar os produtos nas lojas – está sendo ditada por novas regras. Os resultados do estudo são animadores para alguns e podem ser assustadores para outros, mas uma coisa é certa – o e-commerce é agora parte integral do negócio de beleza.

47% dos participantes da pesquisa disseram que compraram mais produtos de beleza e cuidados pessoais online este ano, em relação ao ano passado, incluindo um aumento significativo das compras em “produtos experimentáveis” como fragrâncias e cosméticos de cor (ambos tiveram um crescimento de 16% em relação a 2012 no número de pessoas que compram com frequência esses itens no online).

Hana Ben-Shabat, parceira da A.T Kearney e co-autora do estudo comenta “Beleza online é muito mais que apenas uma transação. Na verdade é uma das categorias mais ativas na internet. O online está se tornando um dos mais importantes padrões de compra. Aqueles que compram produtos de beleza online fazem compras frequentes. Por exemplo, o que estamos vendo na pesquisa deste ano é que cresceu a disposição de parte dos consumidores para comprar fragrâncias e maquiagem online, versus os produtos que os consumidores estão habituados a simplesmente repôr”.

Nas vendas de $4.3 bilhões e crescendo, vendas online de produtos e de cuidados pessoas representam 6.5% do total de vendas do setor. O estudo mostrou que a categoria de beleza assim como a de cuidados da pele está acima da média de alcance do ecommerce comparado com produtos de cuidados pessoais como banho ou cuidados com o cabelo. Uma grande diferença em penetração também existe entre cosméticos de prestígio e produtos populares, onde a penetração foi estimada em 11% e 6% respectivamente.

Kosha Gada, diretor da A.T Kearney e co-autor do estudo disse “Como a penetração do e-commerce ainda está estimada em apenas 6.5% do total da categoria hoje, a loja mantém o canal principal para beleza e cuidados pessoais. Mas o papel da loja é deslocar da plataforma transacional para uma mais experimental, e cada vez mais os consumidores estão entrando na loja munidos de informação sobre o produto, opiniões para um grau distinto como nunca antes. Isso requer que as marcas repensem elementos como prateleiras, equipe de varejo e integração das experiências entre o online e o offline”.

Hana Ben- Shadat acrescenta “Não é mais suficiente para as marcas deste segmento e nem para os lojistas investirem em experiência no digital. Empresas bem-sucedidas são aquelas que podem encontrar uma forma de integrar o online e o offline, o digital e o físico. E colaboração entre fornecedores e varejistas são fundamentais na busca pelo engajamento do consumidor online hoje é mais importante que nunca”.

Além disso, os dados da pesquisa (“Beauty and E-Commerce Beast”) também fornecem uma análise segmentada do consumidores de beleza e cuidados pessoais em que 50% deles são definidos como “criaturas do hábito” – aqueles que compram online para reposição de produtos, que são familiarizados com os itens. Esse tipo de comportamento de consumo estimulou o aumento da variedade de “programas de reposição” oferecidos pelos varejistas online. 38% dos participantes da entrevista disseram ter se cadastrado pelo menos em um desses programas. A conveniência e praticidade de acrescentar esses produtos em um carrinho que agrega também artigos domésticos de forma periódica foram citados como entre as principais razões para a adoção.

O estudo sobre beleza e cuidados pessoais no e-commerce foi realizado no meio do ano de 2014 e teve como base a resposta de 1.022 consumidores às questões sobre comportamento de compras, motivações, atributos favoritos e destinos preferidos nas compras online. 87% dos participantes (885) identificaram a si mesmos como consumidores online. Destes, 885 consumidores, 63% (560) fizeram pelo menos uma compra de produtos de beleza e cuidados pessoais online nos últimos 12 meses. A amostra foi dividida entre consumidores do sexo feminino (75%) e masculino (25%) nos Estados Unidos.

Fonte: Prnewswire