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46% dos internautas buscam artigos de moda na web

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Quase metade dos usuários de internet fizeram uma compra nos últimos seis meses. As categorias mais procuradas foram: moda e vestuário (46%), passagens aéreas (48%) e reservas de hotel (44%), de acordo com a pesquisa da Nielsen.

A pesquisa da Nielsen entrevistou mais de 30 mil consumidores com acesso à internet em 60 países. “O ritmo alucinante de mudanças no cenário digital introduziu na mentalidade do consumidor que a experiência de comprar online é uma aventura e uma descoberta”, diz John Burbank, presidente de iniciativas de estratégia.

“Consumidores de todos os lugares querem um bom produto a um bom preço, e as opções aparentemente infinitas disponíveis na internet representam novas oportunidades tanto para varejistas como para consumidores”.

Mesmo nas categorias mais voláteis como cosméticos, alimentos, produtos para bebê, produtos para animais – que tradicionalmente são os mais comprados offline também estão mais presentes na web. 31% dos entrevistados disseram comprar online, comparado com 25% em 2011.

A porcentagem de consumidores que pretendem comprar alimentos online subiu 5 pontos (27%) e artigos para bebês pulou 12 pontos indo para 20%. Já a porcentagem de consumidores de produtos pet dobrou em dois anos de 9% em 2012 para 21% em 2014.

“Uma boa taxa de conversão para produtos não duráveis se traduz na frequência e fidelização dos clientes dessas categorias”, diz Burbank. “Enquanto essas categorias ainda estão nos estágios iniciais de prospecção, essas taxas são boas notícias para os varejistas.

Agora é o momento de criar experiências omnichannel para clientes que estão usando de forma ativa as plataformas digitais e os canais físicos para buscar e comprar, já que eles não fazem distinção entre as duas coisas”. Ainda há categorias que são mais procuradas online, mas que são mais compradas offline: artigos eletrônicos, celulares, peças de computador e software, artigos esportivos e automotivos.

A Nielsen atribui isso aos altos preços desses itens e a necessidade de experimentar ou testar esses produtos. Olhando para os hábitos de consumo por região, consumidores na América Latina têm as taxas mais altas de busca, mas as taxas mais baixas de compra.

Por exemplo, 54% dos entrevistados fazem buscas na internet por roupas, mas apenas 28% compram online. “Os latino-americanos são entusiastas do varejo online, mas a infraestrutura dos e-varejistas ainda não capturou a fórmula para converter isso em vendas”, diz Burbank.

Já os consumidores asiáticos têm um alto índice de compra online, muito maior que o offline. Por exemplo, 49% dos consumidores dizem que vão fazer buscas online por roupas, mas 57% dizem que vão comprar nos próximos seis meses. A pesquisa também avaliou os hábitos de consumo por idade. A faixa etária que mais gosta de fazer buscas online é a de pessoas com idad entre 21 e 34 anos (49-59%) e 52-63% planejam comprar nos próximos seis meses.

Pessoas entre 35 e 49 anos são os próximos grandes compradores com 25-28% das intenções de busca e 25-30% planejam comprar online. Em último lugar ficam as pessoas entre 50 e 64 anos com menos de 10% dos planos de busca e compra online.

O desktop ainda supera as compras mobile, com 80% da preferência dos consumidores, mas com variações por região. Em regiões da África, por exemplo, 55% dos consumidores planejam fazer compras através de smartphones, na Ásia a porcentagem é de 52% e na América Latina, 48%.

Fonte: Internet Retailer