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Quão grande e frutífero é o mercado de e-commerce no Brasil?

Flores, roupas, móveis, passagens de avião, reservas em hotéis são apenas alguns exemplos do que se pode comprar no mundo online. A C&A, passados mais de 10 anos quando voltou atrás na decisão de lançar a sua loja online no Brasil em 2003, está de volta ao mercado online brasileiro e, segundo um dos seus dirigentes, com força total. De acordo com esse mesmo porta-voz, a sua principal arma é a marca consagrada durante anos no país.

Ao que tudo indica, C&A, Dafiti, Posthaus, Zanetti e muitas outras estão apostando com tudo no segmento de e-commerce. E a concorrência que revela não ter chegado ao fim, dá sinais claros de que a batalha por potenciais clientes pode levar ao aperto imediato das margens e aumento significativo dos gastos com marketing – hoje componente essencial para o sucesso do seu negócio online.

Se fosse “apenas isso” tudo bem, mas como diz o ditado desgraça pouca é bobagem. Há alguns dias recebi do Google uma mensagem afirmando que, em face do nosso histórico perante alguns serviços do gigante, considerando inclusive números de seguidores em rede social, estaríamos qualificados para usar um nome personalizado em seus serviços.

Pensei: a exigência para ter bons resultados sempre existiu, a questão agora é ter que lidar com regras mandatárias provenientes de serviços gratuitos. Reconheço que essa tendência já apresentava indícios há algum tempo, como nos Estados Unidos, em que detentores de páginas de negócios na rede social G+ devem possuir um número mínimo de seguidores para patrocinar posts. Assim como o Twitter que concede autorização para patrocinar tweets somente quando preenchidos requisitos básicos.

É como se uma tendência de profissionalização estivesse por todos os lados, como uma peneira que, por seleção natural, elimina os mais fracos dando oportunidade àqueles que realmente estão dispostos a dar sangue todo santo dia pelo bem do seu negócio online, faça chuva ou faça sol. Dando lucro ou não.

E aí começa a corrida pela procura de recursos com fundos de investimentos e capital de risco comprando participações e até mesmo alienando em pouquíssimo tempo, com casos de criar espanto: investimento e desinvestimento na mesma loja virtual em um período de um ano.

Uma vez li uma entrevista de um estrangeiro que dizia que no mercado online é assim mesmo, ou você domina tudo de uma vez ou não será bem sucedido em sua empreitada. O que deu a entender que ou você investe milhões no seu negócio logo, ou prepare-se para ser derrotado pelo trator da concorrência. É um conceito relativamente frustrante e auto-suicida.

r: #333333;">Porém, dado o pro-labore polpudo que muitos sócio-administradores determinam ao ofertar participações por injeção vultuosa de capital em seus e-commerces, a operação de lojas online, mesmo sem a distribuição de lucros, serve como incentivo preponderante para a busca de resultados satisfatórios no médio-longo prazo.

Será que estamos entrando (ou já entramos) em uma espécie de frenesia do e-commerce no Brasil? Já é possível apontar e-commerces que foram a falência extra fronteiriça como a empresa Italia Digital a qual vendia produtos online e agora vem sofrendo acusações de ter causado um prejuízo estimado em 500 mil euros a inúmeros consumidores naquele país.

A própria potência americana do segmento de roupas Caché vem sofrendo com a concorrência de e-commerces de outros gigantes como H&M. Fim semelhante teve a marca C. Wonder que em decorrência de pressões mercadológicas e aumento de custos foi obrigada a dar entrada em seu processo de bancarrota.

No Brasil temos, por exemplo, o caso recente da Shoes4You que fracassou e foi vista pelos donos da MuccaShop como ativo aproveitável, passando a integrar o seu portfólio.

No próprio portal E-commerce Brasil, é possível encontrar textos que abordam esse assunto. Seguimos de olho.