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Como os dados dos consumidores podem se transformar em informação de valor?

Por: Pedro Ivo Martins

Sócio e Chief Revenue Officer (CRO) na Dito

Sócio e Chief Revenue Officer (CRO) na Dito CRM. Professor de pós-graduação na Fundação Dom Cabral. Formado em Comunicação, com Especialização em Gestão Estratégica e Mestrado em Ciências Sociais.

A internet já é acessível à 51% da população brasileira segundo o Cetic.br e a quantidade de pessoas conectadas está dando às empresas grandes oportunidades de aproximação com seus consumidores. Se há algum tempo as organizações tinham dificuldade de conhecer e entender seus clientes, hoje temos o desafio de interpretar um excesso de informações e usá-las de forma eficiente.

Uma pesquisa divulgada pela consultoria IDC aponta que, até 2020, o número de dados gerados na web deve ultrapassar a marca de 44 zetabytes (44 trilhões de gigabytes). As pessoas estão cada vez mais dispostas a compartilhar suas informações e interesses na rede. Como, em meio a tanto conteúdo, podemos transformar dados criados e compartilhados espontaneamente pelos clientes em informações de valor?

Já existem, atualmente, tecnologias inovadoras de identificação de visitantes e gerenciamento do relacionamento com consumidores. Com esses sistemas, é possível segmentar a base conforme dados demográficos, sociais e de comportamento, além de automatizar ações de marketing personalizadas para aumento de engajamento e conversões.

A seguir, veja algumas dicas para transformar os dados sobre seus clientes em informações para melhorar os relacionamentos, gerar mais negócios e potencializar resultados: 

Colete dados incentivando a identificação dos visitantes

Prática cada vez mais comum, as empresas estão dando aos seus visitantes online meios de se logar em seus sites ou aplicativos mobile, permitindo a identificação dessas pessoas. Para incentivar o cadastro, é preciso oferecer algo em troca, que pode ser um cupom de desconto ou acesso a conteúdo exclusivo.

A dica para facilitar o login é aplicar, pelo menos num primeiro momento, um formulário simples com poucos campos, como nome e email. Outros dados podem ser captados posteriormente por meio de ações de engajamento.

Uma opção ainda melhor é permitir que as pessoas se cadastrem com sua rede social favorita, o que é chamado de social login. Nos Estados Unidos, 80% dos cadastros já são feitos dessa forma. Para os internautas, o benefício é a facilidade. Já a vantagem para as empresas está no volume de informações que se pode coletar, incluindo, idade, sexo, local de moradia, interesses, entre outros.

Gerencie os dados por relevância e com segurança

Após a identificação das pessoas e a coleta dos primeiros dados, é preciso estabelecer quais informações serão úteis para cada objetivo. Afinal, o que é relevante saber para melhorar a retenção de clientes e aumentar as taxas de conversão?

O gerenciamento responsável dos dados fornecidos pelos consumidores também é um desafio. Quando uma pessoa preenche um cadastro, ela quer ter total segurança de que suas informações não serão utilizadas para fins duvidosos.

Plataformas de gerenciamento de consumidores podem ajudar a garantir a confiabilidade dos dados, a atualização automática dos registros e a praticidade no momento de trabalhar com essas informações. Com esse tipo de ferramenta, fica simples criar filtros para segmentação e produzir notificações personalizadas.

Com os dados em mãos, aja!

Coletar e armazenar corretamente de nada adianta se não for para gerar valor. Por isso, é importante contar com ferramentas de automação de marketing que facilitem o trabalho de ativar mensagens que levem o consumidor à conversão.

A tecnologia, aliada à inteligência das equipes de marketing e vendas, pode potencializar as ações de retenção, surpreendendo atuais e futuros clientes. E não se esqueça de sempre mensurar resultados, corrigir a rota e avançar cada vez mais em direção ao aumento das vendas e do engajamento com as pessoas.

Artigo publicado originalmente em: http://goo.gl/6oS4j4