Logo E-Commerce Brasil

Como fica o alcance no Facebook durante as vendas de final de ano?

Se o varejista quiser que seus posts no Facebook sejam vistos por seus consumidores é melhor estar preparado para pagar para promover esse conteúdo, de acordo com uma nova pesquisa da Adobe Digital.

A pesquisa, que foi baseada em dados coletados a partir de milhares de clientes da Adobe System, concluiu que a porcentagem de consumidores que vêem um post convencional do Facebook é metade daqueles que viam um post na rede social há um ano atrás. Isso porque o Facebook continua a limitar a porcentagem de consumidores que vêem posts não patrocinados. Enquanto 16,0% dos fãs de uma marca viram o post de uma marca no Facebook em fevereiro de 2012, esse percentual caiu para 10,2% em novembro de 2013 e para 6,5% em março de 2014, de acordo com o EdgeRank Checker.

Enquanto isso, as impressões pagas no Facebook cresceram 5% em relação ao ano anterior, o que mostra que os comerciantes estão pagando para aumentar a visibilidade de determinados posts. “Como o social torna-se uma grande parte da experiência comércio durante a época de férias, as marcas e os varejistas querem se certificar de suas mensagens estão sendo vistas”, diz Joe Martin, analista sênior da Adobe Digital Index.

Parte da razão do Facebook em limitar o número de mensagens que um usuário vê é por conta da curadoria do feed de notícias, já que as marcas estão postando muito mais vezes na plataforma. Os varejistas postaram 43% mais vezes no Facebook que no ano anterior. E os consumidores estão cada vez mais interagindo nessas redes; interações como comentários, gostos e ações foram até 13% maiores em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.

Mesmo que o engajamento dos clientes com as marcas está crescendo no Facebook não significa que mais consumidores estão clicando nos sites desses varejistas. De fato, a porcentagem de consumidores provenientes do Facebook diminui 3% ano após ano. Ao contrário da porcentagem de consumidores que clicam em anúncios no Twitter e vão até o site do varejista, que cresceu 52% se comparado ao mesmo período do ano passado.

O relatório também descobriu que os lojistas aumentaram os seus gastos com search em 22% no terceiro trimestre. No entanto, grande parte desse aumento veio da Europa, onde os anunciantes gastaram 32% a mais no terceiro trimestre do que no ano anterior. Varejistas norte-americanos aumentaram seus gastos em 4%.

O Google continua a ser bastante significativo para os varejistas, sugere a pesquisa. O gigante das buscas representa mais de 25% de todas as visitas a sites dos Estados Unidos. E o crescimento da taxa de clique, cresceu 14% ano após ano, também é alta em rivais como Yahoo e Bing (A pesquisa da Adobe juntou os dois buscadores), que cresceu 8%. Além disso, o Google teve menor crescimento do custo por clique, 4% comparado com Yahoo/Bing que cresceu 12%.

Apesar disso o Yahoo / Bing está dirigindo tráfego mais qualificado para sites que o Google. Por exemplo, a receita dos varejistas por visita proveniente do Bing supera o Google (em termos de tráfego), bem como as redes sociais, por isso a Adobe Martin sugere que está é uma boa oportunidade para os varejistas. “Achamos que os varejistas devem otimizar campanhas no Bing primeiro por conta do tráfego de maior qualidade, e depois passar para o Google que possui a maior parte do tráfego”, diz ele.

Artigo traduzido com autorização do autor. Publicado originalmente em: http://www.internetretailer.com/2014/10/16/facebook-cuts-back-free-exposure-brands