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Comércio Eletrônico 2013: bons motivos para ser otimista em 2014

Por: Pedro Guasti

Co-fundador da Ebit, Conselheiro, especialista em e-commerce, inovação e empreendedorismo

Em 2013, o comércio eletrônico brasileiro surpreendeu até os mais otimistas. De acordo com levantamento da E-bit, o setor faturou R$ 28,8 bilhões durante o ano, atingindo um crescimento nominal de 28%, em relação a 2012. Os números ficaram acima do esperado. A previsão era de que o e-commerce crescesse 25%. Entre os fatores que contribuíram para esse resultado positivo, um, em especial, revela uma tendência para 2014: o mobile commerce (m-commerce).

A oferta de modelos mais simples de smartphones e a popularização da banda larga móvel fizeram com que muitas pessoas das classes C e D, que não tinham acesso à rede, se tornassem internautas e, em muitos casos, consumidoras online. É fato que ainda temos poucas lojas preparadas para explorar os recursos da mobilidade, mas, esse ano, veremos muitos varejistas direcionando esforços para o m-commerce, segmento que já corresponde a cerca de 4% das compras virtuais.

Outro fator de peso para o sucesso do varejo digital em 2013 foi a Black Friday. A ação, no dia 29 de novembro, movimentou R$ 770 milhões para o setor, quebrando todos os recordes de faturamento em um único dia. Além disso, influenciou também no período de vendas natalinas, compreendido entre 15 de novembro e 24 de dezembro. O Natal, principal data sazonal para o e-commerce, registrou crescimento de 41%, se comparado ao ano anterior, gerando um faturamento de R$ 4,3 bilhões. Resultado que também superou as expectativas, já que, inicialmente, esperávamos um montante de R$ 3,85 bilhões.

Para 2014, as previsões são positivas, porém, a taxa de crescimento nominal deve ser um pouco menor. Tudo indica que ao final desse ano, o comércio eletrônico alcance um faturamento próximo a R$ 35 bilhões, ou seja, 20% a mais que em 2013. Isso, porque temos mais desafios pela frente. Carnaval tardio, Copa do Mundo, maior quantidade de feriados prolongados, eleições no segundo semestre e a própria desaceleração da economia, são alguns dos obstáculos.

“Moda & Acessórios” deve continuar entre as categorias mais vendidas, mas, em virtude dos jogos, a procura por televisores de grandes proporções com tela fina deve alavancar, além é claro, dos artigos esportivos.

As perspectivas para 2014 são boas e, depois de 2013, fica a torcida para sermos surpreendidos positivamente mais uma vez, com números acima dos previstos. Há razões para ser otimista, apesar de todos os desafios. O ano está só começando!