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Algoritmos trazem precisão e oportunidade às lojas virtuais

Por: Ricardo Ramos

Ricardo Ramos, CEO e fundador da Precifica, empresa especialista em soluções de pricing. Empreendedor com foco em inovação no setor de tecnologia SaaS. Também é palestrante sobre os temas de e-commerce, inteligência de mercado, gestão de empresas e empreendedorismo.

Em 2054, o futurístico “Minority Report” impressionava com o enredo do uso da tecnologia na identificação prévia de crimes. Hoje, 40 anos antes de alcançarmos a data fictícia do filme, o varejo online já vive a realidade de ajustar suas estratégias de negócios com base em tendências e acontecimentos futuros.

Os chamados algoritmos, que são conjuntos de cálculos matemáticos, hoje são aplicados de maneira cada vez mais intensa. A tecnologia evolui dia-a-dia permitindo que tais cálculos sejam empregados de forma sofisticada dentro de sistemas, e disponibilizados via internet.

Como resultado desta evolução, gestores passam a ter acesso a poderosas ferramentas de trabalho, que os ajudam na rápida tomada de decisões, cada vez mais assertivas, sem a necessidade de adquirir conceitos matemáticos tão técnicos.

Um exemplo de utilização no dia-a-dia é o Google Now, que baseado em buscas recentes na internet junto ao GPS dos dispositivos móveis, permite que consumidores sejam avisados sempre que estiverem próximo de lojas com produtos de seus interesses, de acordo com o hábito de navegação na web. A ferramenta ainda compara os preços dos produtos, apresentando a disponibilidade e formas de pagamento das lojas físicas e virtuais.

Este é um exemplo de como a alta tecnologia tem se tornado presente no dia-a-dia dos consumidores, de maneira muito sutil e, ao mesmo tempo, é empregada para gerar mais resultados aos varejistas.

Aplicada especificamente à precificação dinâmica de produtos, os Algoritmos possibilitam a visão amplificada do comportamento da concorrência para determinar estratégias de reação, ou seja, o varejista acompanha em tempo real o que o mercado está fazendo – prática de preços, disponibilidade em estoque, oferta de frete – e, a partir daí, cria regras automáticas que sejam executadas para cada situação, já programando indicadores de market share, rentabilidade e lucro.

Essas novas tecnologias não só são essenciais para o planejamento estratégico das lojas virtuais, como também colaboraram com o aumento de vendas espontâneas no e-commerce. Não é preciso nenhuma visão do futuro para prever que os varejistas que melhor se adaptarem às tendências alcançam mais sucesso.