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A arte de fazer SEO e a referência no segmento

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Marco Miranda – jornalista da NB Press Comunicação

Search Engine Optimization ou, simplesmente, SEO. Atualmente, esse é um dos principais investimentos em marketing feito pelas empresas – inclusive e principalmente as lojas virtuais. Dados da pesquisa Marketing Visão 360° – 2011, realizada pelo Mundo do Marketing em parceria com a TNS Research International, indicam as ações de SEO como uma das mais efetivas campanhas de marketing digital, com 47% dos entrevistados classificando como excelentes os resultados obtidos e 37% respondendo como bons.

O objetivo do SEO é fazer com que uma loja virtual se torne referência em seu segmento, a partir da otimização dos resultados de buscas em mecanismos como Google e Bing. Para alcançar isso, o SEO é baseado em três pontos principais: plataforma, conteúdo e link building.

O quesito conteúdo é focado na qualidade e até mesmo no ineditismo das informações do site. Quando analisado um conteúdo dentro das páginas da loja virtual, são levadas em conta as fontes, a veracidade e a importância das informações, além da possibilidade de viralização do conteúdo.

Segundo Gustavo Bacchin, diretor de operações da agência de marketing digital da Cadastra e um dos pioneiros em ações de SEO no país, os buscadores atualmente procuram levar os usuários a sites que tenham valores e conhecimento, por isso a importância do conteúdo. “Hoje, o Google, por exemplo, quer que as lojas mostrem que são especialistas em um determinado produto, quer portais que se destaquem em informações ao cliente. É comum encontrarmos no descritivo do produto a mesma explicação que vem do fabricante, e isso é errado, porque não gera conteúdo, não cria ineditismo, não tem diferencial. Para gerar um conteúdo bom para SEO, é preciso ser impactante e auxiliar o consumidor na tomada de decisão de compra”, afirma.

O link building é o pilar que demanda mais trabalho, no entanto também é aquele que pode angariar o maior potencial das ações. Para entender o que é o link building, pode-se traduzir ao pé da letra: construção de links. Ou seja, é fazer com que a URL da loja esteja em uma boa posição na busca – é como a reputação da marca: se o e-commerce tem uma boa reputação junto aos seus clientes, ela terá um bom link building, pois eles falarão da loja. Esse pilar é responsável por disseminar a sua imagem nos mecanismos de busca, mostrando quem você é a partir de links.

E para gerar essa imagem é preciso levar em conta uma série de questões: onde há links apontando para meu site? Quantos links estão sendo apontados para o meu domínio principal? Quantos links estão sendo apontados para as minhas landing pages? E qual a qualidade desses links?

No entanto, não adianta muito ter um excelente trabalho de conteúdo e de link building se o terceiro pilar, a plataforma virtual em que o site está inserido, não for amigável com as ações de SEO. “É preciso saber do produto, ter conteúdo, mas de nada adianta se o Google e outros buscadores não conseguirem ler o site. É preciso ter uma plataforma indexável, na qual seja fácil trabalhar e implantar essas ações”, acrescenta Bacchin.

Já Alexandre Soncini, diretor de vendas e marketing da VTEX, explica que, para atender aos requisitos para ações de SEO, a plataforma deve ser criada com bases aderentes às técnicas da W3C. “Deveria ser uma premissa que todas as plataformas fossem desenvolvidas com base em boas práticas, principalmente para indexação. A plataforma deve ter ferramentas que facilitem todo esse processo, como oferecer uma área administrativa que permita ao lojista trabalhar com HTML e CSSL, proporcionando melhor gerenciamento das ações de SEO”, diz Soncini.

A importância do SEO para os varejistas

Um bom exemplo de planejamento seguindo esses três pilares para campanhas de SEO é o da floricultura online Giuliana Flores. Atualmente, ao buscar pela palavra “flores” no Google, a marca é o primeiro site a aparecer, resultado que lhe garantiu um aumento de 30% nas vendas.

“Ganhamos as melhores posições nos buscadores e, além das vendas, tivemos reflexo no aumento de nossa visibilidade em resultados de busca. O desenvolvimento de SEO é uma das melhores semânticas para o site”, conta Juliano Souza, gerente de marketing da empresa.

Outra loja virtual que comemora os resultados de SEO é O Melhor da Vida, especializada em presentes-experiências, que, no mês de dezembro de 2011, pela primeira vez, teve um maior acesso advindo de buscas orgânicas do que de busca direta. “Os benefícios de campanhas de SEO são muito grandes. No período de um ano, crescemos 100% em acessos orgânicos”, afirma Bruno Perin, gestor de oportunidades do O Melhor da Vida.

Os frutos de ter investido em SEO também são colhidos pela agência de viagens online ViajaNet. “Desde o primeiro momento, pensamos em apostar em estratégias de SEO e desenvolvemos todas as páginas para que o Google interprete da melhor forma. Hoje, temos uma representação muito boa vinda de busca orgânica”, conta Alex Todres, sócio-fundador da empresa.

Lançada no início deste ano, a loja virtual de celulares e tablets Webfones buscou, desde o desenvolvimento do e-commerce, deixar enraizada a cultura de SEO. “Uma marca que não é tão conhecida e divulgada, mas começa a ganhar espaços na primeira ou na segunda página do Google, terá grandes benefícios. Desde o projeto de desenvolvimento do site, nos baseamos em SEO, indexando as páginas, produzindo em cima do HTML. Para uma loja virtual que está para entrar em um mercado tão competitivo, investimentos em SEO são fundamentais”, afirma Guilherme Ribeiro, fundador do e-commerce.

No entanto, o especialista Gustavo Bacchin deixa um recado: não adianta simplesmente apostar em SEO – é um trabalho que deve fazer parte de um planejamento muito maior. “A estratégia de SEO deve estar alinhada com as estratégias de produtos e marketing, elas é que devem guiar a otimização de buscas. Não adianta trazer o cliente para dentro do seu site e não ter o produto para vender. Tudo deve estar em concordância, senão, não haverá ROI”, finaliza.

10 dicas para fazer SEO

1. Pesquise e escolha em quais palavras-chave você vai focar, levando em conta os recursos que tem à disposição e a competitividade das palavras.

2. Ao escolher suas palavras-chave, não foque apenas nas genéricas, como “notebook”, procure ter um mix com termos mais específicos, que serão menos competitivos e converterão melhor.

3. Não meça somente posicionamento nos resultados de busca. Procure mensurar o sucesso do seu SEO medindo o incremento nas metas do seu site, sejam elas quais forem, como, por exemplo, vendas, geração de leads ou downloads. SEO é marketing, e não “otimização de posicionamento de palavra-chave”, portanto, deve ser mensurado da mesma maneira que em outros canais.

4. Otimize os títulos e a descrição de suas páginas. Inclua suas palavras-chave e fique atento para o limite de caracteres de cada meta tag (70 para títulos e 156 para descrições).

5. Tenha alguém responsável pela produção e pela distribuição do conteúdo do seu site. Se precisar, contrate um redator para escrever conteúdo único e informativo sobre seus produtos e serviços.

6. Invista em SMM. Ter presença bem estabelecida nos canais sociais, como Facebook, Twitter e Google Plus, é importante também para o seu SEO.

7. Torne seu conteúdo fácil de ser compartilhado usando botões sociais do Facebook, Twitter, LinkedIn, Google Plus e outros que achar interessantes.

8. Caso seu site seja um e-commerce, a dica mais importante é a seguinte: cuidado na escolha de sua plataforma. Pesquise bem, procure por cases e questione a plataforma quanto aos itens referentes a SEO e sobre o quanto ela é amigável às ferramentas de busca.

9. Crie uma conta no “Ferramentas para Webmasters do Google”  para configurar e monitorar o seu site.

10. Leia o livro A Arte do SEO, a melhor referência sobre SEO disponível hoje no mercado.

Fonte: Gustavo Bacchin, diretor de operações da Cadastra

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Artigo publicado na Revista E-Commerce Brasil, edição 08.
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