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15 considerações para o e-commerce em 2015: parte 1

Para você que já deu o ponta-pé inicial, vamos abordar 15 considerações para o e-commerce em 2015 que você vai precisar dar atenção. Hoje listei os primeiros cinco tópicos. Mãos a obra!

1. Afine a sua performance

Não é segredo que enquanto os sites incorporam mais funcionalidades bacanas, as páginas ficam maiores e também, mais lentas. Segundo a Radware, 21% dos maiores sites de e-commerce estão mais lentos que há um ano (50% levam mais de 10 segundos para carregar!), e os principais varejistas são mais lentos que o resto dos players.

Páginas lentas certamente afetam as taxas de conversão e são devastadoras no mobile. Mais da metade do tráfego dos varejistas vêm do mobile e o consumidor online usa em média 2.6 dispositivos antes de fazer o checkout.

Tammy Everts da Radware compartilhou o passo a passo de como calcular (tanto no curto quanto no longo prazo) as perdas por demora no carregamento e inatividade. Isso serve para despertar você para a importância desse tipo de desempenho.

Se você adotou o RWD (design responsivo para web), certifique-se que você otimizou o seu CSS e já fez o passo a passo para acelerar seu site responsivo.

Em geral, é melhor garantir que você está aproveitando as vantagens disso adotando as 10 formas de acelerar a velocidade do seu site.

2. Ancore o seu SEO

Com SEO, a única constante é a mudança. 2014 trouxe várias mudanças, algumas grandes, outras menores, que devem deixar os profissionais do varejo atentos e adotá-las em suas estratégias de marketing e busca.

Certifique-se que você está a atento à:

1. O Google agora destaca os sites mobile friendly nas buscas. Certifique-se que você não está cometendo erros em SEO que afetam seus rankings no mobile.

2. O Google divulgou que depois de testar muito, agora está usando o https como um indicador no ranking. Apesar de não ser nenhum milagre, isso pode ter impactos negativos no SEO se não estiver implementado corretamente. Veja algumas dicas bacanas neste link para saber se você está fazendo tudo certo.

3. A repressão sem fim do Google aos spams tornou-se onda de novo, principalmente com o Penguin 3 (a atualização do Penguin original volta a 2012). A equipe de marketing deve estar atenta ao uso excessivo de âncora no texto (especialmente quando o texto encontra as palavras-chaves do título, usar os links patrocinados e até blogueiros convidados são fatores de detecção de spam).

Se você tem usado essas táticas, ou até sido vítima de SEO negativo (um concorrente comprou os links em seu nome), você pode se esforçar para tentar remover esses links (contate os webmasters e solicite a remoção) e use um arquivo de rejeição (disavow file) para mostrar ao Google que você não endossa esses backlinks.

Se você não está envolvido diretamente com o SEO do seu site, verifique com a equipe interna, contratados ou agências a fim de entender a atualização, veja se eles têm um plano de ação e não avance com essas táticas de link building, a não ser que tenha certeza de que está a “salvo”.

4. Buscas locais são importantes para negócios omnichannel, tanto é que todas as atualizações do Pigeon em 2014 eram sobre busca local. Os indicadores tradicionais de buscas locais, significam fatores como relevância da página, autoridade, links, indicadores sociais, etc afetam a busca local mais do que nunca. O Google também puxa indicadores locais como distância e localização.

Sites de e-commerce podem ser impactados pelo ranking dando impulso em seus sites comunitários ou diretórios como o Yelp em termos gerais. O Practical Ecommerce tem um ótimo artigo sobre como o Pigeon detecta a sua posição e como recuperar-se, otimizando seu localizador de loja e as páginas de localização do Google +.

5. O Google Authorship foi descontinuado, gera menos impacto no ecommerce, mas pode afetar sua programação de content marketing. Isso não vai prejudicar o seu lucro, significa apenas um pouco mais de código, e que você não precisa usar de agora em diante.

Além desses recursos, use o presente que o Google dá aos varejistas de internet: ferramentas Webmasters. A articulista do Search Engine Land, Susan Kelly destaca algumas dicas de como você pode otimizar sua estratégia de SEO com ferramentas Webmaster, veja:

1. Identifique problemas com a meta descrição do site e título das tags e aponte qualquer conteúdo que não seja indexado com o Search Appearance > HTML Improvements.

2. Use as palavras-chaves de conteúdo (Content Keywords) para entender o que o Google pensa do seu site baseado em uso da palavra. Certifique que isso está alinhado com os seus objetivos de marketing.

3. Se você está usando dados estruturados como ferramentas de testes, checkout Search Appearance > Structured Data para validar que a leitura do Google está adequada.

4. Se você precisa ajudar com seus dados estruturados markup, use o Structured Data Markup Helper para os dados no campo de tag para produtos e outros.

5. Use o Sitemaps tool para identificar problemas com indexação.

Além do básico, use GWT (Google Webmasters Tools) para visualizar os dados referentes às palavras-chave. Agora que esses dados não passam mais pelas ferramentas de analytics, o relatório GWT é essencial. O texto detalhado de como analisar e aplicar esses insights são encontrados no Search Engine Watch.

3. Faça uma auditoria no seu analytics

Se você não está confiante na sua equipe interna para realizar uma auditoria, você pode usar uma empresa de consultoria para verificar o seu analytics. Uma auditoria como essa verifica sua implementação geral, assegura que todas as páginas e os eventos estão devidamente rastreados com as tags apropriadas, se os painéis estão coletando os dados corretos, se os filtros de conta estão fazendo o que deveriam (puxando os dados corretos), se as micro e macro conversões e as campanhas estão adequadamente rastreadas, soluções alternativas de pesquisa de não-fornecida estão no lugar e talvez, o mais importante, se o monitoramento móvel está implementado corretamente.

Mesmo se você já fez uma análise como essa antes, vale a pena verificar, especialmente as mudanças feitas durante o ano, e se outros serviços estão consumindo dados do analytics, como ferramentas de personalização ou CRM.

Se as estratégias de campanha e investimento mudaram em 2014, ou se você aprendeu mais sobre a eficiência dos vários canais, talvez seja a hora de revisitar seu modelo de atribuição (o crédito que você deu aos vários pontos de contato como email, afiliação, PPC, social e remarketing para conversão).

4. Faça uma auditoria no seu SEM

Uma das maiores mudanças do Google Adwords este ano foi remover a possibilidade de encontrar palavras exatas. Apesar dessa mudança ter acontecido há alguns meses é fundamental continuar adicionando palavras negativas para prevenir que anúncios apareçam em buscas com palavras genéricas que são irrelevantes ou que convertam pouco em uma base contínua.

Como de costume, verifique se os seus produtos esgotados ou que foram descontinuados permanentemente foram removidos das suas campanhas, bem como suas palavras relevantes, a menos que você tenha uma estratégia para liquidar ou oferecer um produto substituto compatível, como a tática adotada pelo George Michie do RKG Group.

Se a sua equipe de gestão de busca interna ou externa não está se comunicando regularmente com a equipe de marketing e vendas, é bom verificar se a comunicação sobre os novos produtos e os que já foram descontinuados existe.

Também é importante verificar o compartilhamento da localização do estoque com o seu Local Inventory Ads para capturar as buscas locais de produto (uma forma de capitalizar no showrooming).

Não se esqueça também desses outros detalhes de marketing de busca: manutenção de anúncios com extensão, links dinâmicos, extensões de chamada, promoções em apps e otimização para conversão.

5. Refina a busca do seu site

Em 2010 publicamos as 22 features para o Nirvana da busca no site. Use isso como seu guia de auditoria para tornar a busca do seu site útil e eficiente: use trechos com contexto, listas inteligentes baseadas em consulta, busca padrão personalizada e encontre produtos atribuídos para consulta de forma dinâmica.

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Veja parte dois da série: http://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/15-consideracoes-para-o-e-commerce-em-2015-parte-2/

 Texto traduzido com autorização do autor. Publicado originalmente em: http://www.getelastic.com/15-ecommerce-resolutions-for-2015-part-1/