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10 anos de mobile: práticas, papéis e plataforma

No próximo ano, a empresa na qual trabalho completa um aniversário importante: passaram-se 10 desde que fizemos nosso primeiro projeto mobile. Neste período, passamos pelo surgimento do smartphone, pela criação do iPhone, pela transformação do touchscreen em regra e agora estamos vivendo a internet das coisas, o surgimento dos wearables e nos dando conta de que o mobile está invadindo o mundo. Essa trajetória nos proporcionou muitos aprendizados interessantes.

Começamos desenvolvendo para WAP (Wireless Application Protocol), em um longínquo 2005, e passamos pelo web mobile adaptativo antes de chegar finalmente aos aplicativos mobile e design responsivo. Também aprendemos, considerando nossa expertise em e-commerce, que a experiência multicanal era uma demanda importante, e por isso criamos a CloudRetail, que tem o objetivo de oferecer a melhor experiência mobile para o varejista.

As práticas

A partir dessa experiência, chegamos à conclusão de que nove práticas são essenciais em desenvolvimento mobile: a primeira é engenharia ágil, que entra não só em mobile mas também em software em geral porque é o modelo que mais funciona para entregar o produto certo no tempo certo. É preciso descobrir o produto a todo momento e ter ciclos de aprendizado rápido. Em segundo UX, porque é preciso entender a experiência do usuário para ter sucesso com um aplicativo mobile.

Descoberta de cliente e produto, porque antes de começar você precisa validar o problema que seu cliente quer resolver, o tamanho do mercado e que tipo de produto você precisa. A quarta prática é a Execução de Produto, ou BML: é preciso traduzir a visão e a estratégia em hipóteses e depois em funcionalidades que serão colocadas no seu aplicativo, com uma visão mais geral e estratégica. Neste sentido, a aplicação dos ciclos de “Build, Measure, Learn” é muito importante.

Growth Hacking porque você tem que buscar tração para seu produto e usar seu orçamento de marketing com sabedoria. Neste sentido, entram também as Métricas porque toda campanha tem que ser medida, tem que ter uma hipótese de negócio relacionada e tem que ter orçamento limitado. Com o resultado medido de cada campanha, você monta um portfólio iterativo e continuamente otimizado de apostas que devem aprender com as ações anteriores.

Em mobile, especificamente, o QA (Quality Assurance) torna-se essencial. Isso porque é importante fazer tudo o que for possível para que um erro não apareça depois que o aplicativo já estiver disponível na App Store. Neste sentido, todos os testes, sejam unitários, funcionais, de integração, devem ser feitos em números adequados para garantir a qualidade.

Por fim, precisamos que a cultura e a organização da empresa estejam alinhadas com a governança. Se não eliminarmos a cultura do medo e organizarmos a estrutura das equipes considerando conhecimento e responsabilidades, não conseguiremos fazer produtos. E o trabalho de governança, ou “portfolio grooming”, tem que ser complementado com ciclos de inspeção e comunicação na estrutura de produto da empresa e, mais acima, nos níveis de diretoria e board.

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Os papéis

Para garantir que essas práticas funcionem, precisamos de um PO (Product Owner), que tem a visão estratégica e geral do produto, organizando o backlog e o time; um Scrum Master, que garante que o framework scrum seja aplicado corretamente e que as práticas e as regras de um time ágil estejam ocorrendo, além de remover impedimentos que o time encontre e garantir a governança adequada para o cliente; um Devops, responsável pela arquitetura em nuvem infraestrutura do projeto; e um ou mais Coders, que vão efetivamente desenvolver o aplicativo. Além destes, são importantes também o profissional de QA (Quality Assurance), que como o próprio nome diz vai garantir a qualidade do aplicativo por meio dos testes automatizados em emuladores e devices; o de UX (User Experience), responsável pelo design e por garantir que a experiência do usuário seja excelente; e o Growth Hacker, que vai cuidar da aquisição, ativação de usuários, analisar as métricas e fazer o marketing do seu aplicativo.

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Esses sete papéis são complementares e devem trabalhar juntos na elaboração do projeto mobile. Reuniões diárias e frequentes inspeções e validações de hipóteses geram aprendizado e agilidade para desenvolver o aplicativo certo.

A Plataforma

Por fim, a tecnologia! Para garantir a qualidade e a funcionalidade de um app mobile, é preciso contar com um arsenal de ferramentas. Desenvolvemos uma plataforma aberta de desenvolvimento de aplicativos móveis (OMADP), que junta o que consideramos de melhor em cada área com módulos que já havíamos desenvolvido. A plataforma está um pouco resumida nos quadros abaixo. Lembrando que somos uma empresa agnóstica e não temos preconceito com nenhuma das tecnologias.

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Entretanto, sempre é bom lembrar que fazer o produto mobile certo do jeito certo é uma trajetória de aprendizado dinâmica, aprendemos todos os dias. Além disso, o cenário mobile mundial muda a cada período, com novidades a qualquer momento. É por isso que consideramos que a forma adequada de fazer mobile hoje pode mudar amanhã, e estamos atentos a qualquer fator que altere o que aprendemos.

E você? Tem alguma prática a acrescentar? Esquecemos de algo? Compartilhe com a gente aqui nos comentários. Até a próxima!